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Bancos alemães opõem-se ao adiamento do Basileia II

A associação de bancos alemães, a BDB, está contra o adiamento da implementação das propostas do Basileia II, que prevê a uniformização e a estabilização do sistema bancário a nível mundial, alegando que a data de 2006 é suficiente para os ajustes necessá

12 de Setembro de 2003 às 17:17
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A associação de bancos alemães, a BDB, está contra o adiamento da implementação das propostas do Basileia II, que prevê a uniformização e a estabilização do sistema bancário a nível mundial, alegando que a data de 2006 é suficiente para os ajustes necessários.

O presidente executivo da BDB, Manfred Weber, afirmou que as propostas finais do acordo, cuja apresentação está agendada para o próximo mês pelo Comité de Basileia, «não será a última palavra» sobre a uniformização de indicadores como os rácios de capital dos bancos.

«Haverá outras oportunidades para limar arestas», acrescentou a mesma fonte, citada pela Bloomberg. Weber representa uma lista de 247 bancos comerciais liderada pelo Deutsche Bank

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg afirmou esta semana que o acordo para as necessidades de reserva de capital dos bancos poderia ser adiado por um período máximo de um ano, devido ao número crescente de reclamações por parte das instituições bancárias.

As instituições financeiras alegam que a adopção dos critérios de Basileia II resultará num aumento dos custos e obrigará ao reforço dos capitais próprios dos bancos por forma a aumentar o rácio de cobertura de risco dos empréstimos efectuados.

«Os atletas precisam de ter uma meta – nós também», afirmou Manfred Weber, citado pelo mesma fonte, numa conferência de imprensa realizada em Berlim.

«Por razões meramente práticas, estou contra um adiamento, apesar de reconhecer que existem problemas», acrescentou o congénere alemão de João Salgueiro.

As novas regras sobre a quantidade de capital que os bancos precisam de colocar de parte para fazer face ao crédito concedido tem como objectivo a criação de um sistema bancário mais estável e eficiente, ao uniformizar a base de capital contra o risco em que a banca incorre pelo não pagamento dos empréstimos por parte dos devedores.

As novas regras vão alterar o acordo de Basileia I que foi implementado em 1988 e que obriga a um rácio de capital de 8%.

Um estudo realizado pela consultora Mercer Oliver Wyman revelou que o Basileia II poderá custar um máximo de 200 milhões de dólares (176,77 milhões de euros) a cada banco.

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