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Queixas diminuem nas companhias aéreas nacionais e aumentam nas estrangeiras
As reclamações dos passageiros do transporte aéreo aumentaram 1,5% no primeiro semestre de 2024, em termos homólogos, para um total de 9.493. As queixas contra a TAP diminuíram 36,2%.
Os passageiros do transporte aéreo apresentaram um total de 9.493 reclamações na primeira metade de 2024, o que equivale a um aumento de 1,5% face ao mesmo período do ano anterior e "é consistente com o aumento registado a nível de passageiros (5,5%)", diz a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).
No relatório das reclamações relativo ao primeiro semestre do ano passado, o regulador da aviação salienta que, "apesar desta estabilização" do número de queixas, há "diferenças nas suas naturezas". É que as companhias aéreas nacionais registaram uma diminuição de 21,1% no número de reclamações face ao primeiro semestre de 2023, enquanto as reclamações de companhias aéreas estrangeiras aumentaram 24,5% em termos homólogos.
A ANAC destaca igualmente o crescimento homólogo mais acentuado nas reclamações das entidades com menor peso relativo, como sejam os gestores aeroportuários e os prestadores de serviços de assistência em escala, em que o número de reclamações subiu 95,2% e 208%, respetivamente.
A TAP, que lidera a lista das entidades mais reclamadas, foi alvo de 3.691 queixas, o que representa uma redução de 36,2% face às 5.781 apuradas no mesmo período de 2023. Também a Ryanair registou uma diminuição, de 15,2%, para um total de 984 queixas. Pelo contrário, as companhias do grupo Easyjet foram objeto de maior contestação, ao apresentarem uma subida de 58,6% no número de queixas para as 839.
Nos aeroportos, o de Lisboa registou uma subida de 64,8%, de 210 para 346 reclamações, enquanto no do Porto o aumento foi de 180,6%, de 31 para 87.
Já nos serviços de handling, quer a Portway, quer a Groundforce registaram subidas no número de reclamações. A primeira recebeu 504 queixas (mais 389,3% do que no primeiro semestre de 2023) e a segunda 226 (mais 68,7%).
Relativamente às razões, a ANAC destaca a diminuição, em termos homólogos, de 29,8% das reclamações relacionadas com cancelamento de voos assim como os recuos em motivos como atraso com perda de ligação e reembolso. No entanto, reclamações relacionadas com atrasos de voos, problemas com bagagem e recusa de embarque registaram aumentos entre os 26,8% e os 47,8%, bem como as reclamações relacionadas com controlo de RX (mais 134,4%), serviço a bordo (mais 46,7%) e condições de segurança (mais 118,8%), que continuam, no entanto, a ter um peso reduzido no total de reclamações registadas.