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Banco Mundial alerta para riscos inflacionistas e sobreaquecimento nas economias emergentes

O Banco Mundial está a alertar as economias emergentes para cortes na despesa e subidas das taxas de juro, de modo a conter a inflação e a evitar o sobreaquecimento da economia. A instituição já reviu em baixa o crescimento da economia mundial.

08 de Junho de 2011 às 08:50
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As economias dos mercados emergentes, que crescem quase três vezes mais rápido que as economias dos países desenvolvidos, necessitam de acelerar os cortes na despesa pública e subir as taxas de juro, de acordo com o Banco Mundial.

Segundo a organização, estas medidas deverão ser tomadas para combater a inflação dos países, e, também, o sobreaquecimento da economia.

A instituição sedeada em Washington reviu em baixa a sua previsão de crescimento para a economia mundial este ano, para 3,2%, face a uma estimativa que tinha efectuado em Janeiro de 3,3%.

A diminuição das expectativas de crescimento mundial foi devida ao terramoto e ao tsunami no Japão, que destruíram muitas fábricas e interromperam a produção, e aos conflitos políticos no Médio Oriente e no Norte de África, que apesar de não terem sido uma catástrofe natural tiveram o mesmo efeito destruidor.

No entanto, o Banco Mundial deixou inalterada a sua previsão de recuperação global para 2012, apontando para um crescimento de 3,6%, de acordo com a Bloomberg.

Os países em desenvolvimento “foram fortemente afectados por crises de destruição que impediram a sua recuperação”, disse Andrew Burns, gestor macroeconómico do Banco Mundial.

“Agora esses países precisam de ser reorientados até conseguirem estabilizar as condições que lhe irão permitir alcançar um forte crescimento nos próximos anos”, finalizou o gestor do Banco Mundial.

Enquanto os países desenvolvidos se debatem para controlar o desemprego e a crise da dívida da Europa, muitas economias emergentes, com fortes crescimentos, ainda não retiraram os estímulos à economia adoptados para amortecer a recessão global, segundo o Banco Mundial.

As taxas de juro reais estão baixas ou negativas em muitos países, mesmo quando os decisores políticos da Índia, e do Peru, estão a proceder a subidas do custo do dinheiro.

As nações em desenvolvimento necessitam também de moedas mais flexíveis, declara o relatório do Banco Mundial.





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