O Banco de Inglaterra aumentou as taxas de juros, pela segunda vez desde Novembro, para 4%, depois do crescimento económico ter acelerado ao maior ritmo de quase quatro anos e as famílias estarem a aumentar os níveis de envividamento, indo de encontro às expectativas dos analistas e do mercado.

Os consumidores britânicos, cujos gastos perfazem dois terços da segunda maior economia da Europa, contraíram níveis recorde de empréstimos no último trimestre e as vendas de retalho aumentaram.

Os responsáveis da autoridade monetária liderada pelo governador Mervyn King disseram que iriam inverter os cortes nas taxas feitos entre 2001 e Julho de 2003, num contexto de crescimento económico e receios com sobre endividamento das famílias.

"O crescimento económico está a ganhar força de forma significativa", disse trevor Williams, director económico no Lloyds TSB Bank Plc, em Londres. "É muito difícil justificar taxas de juro baixas numa altura em que a actividade está a responder".

O Banco de Inglaterra foi o primeiro dos quatro maiores bancos centrais a nível mundial a aumentar as taxas de juros desde 2000 e a Inglaterra tem as maiores taxas de juros e o mais baixo nível de desemprego entre o grupo dos sete países mais industrializados do mundo.

Os analistas estimam que o Banco Central Europeu decida manter as taxas de juro em 2% na Zona Euro. A decisão vai ser anunciada às 12h45 (hora de Lisboa).