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Assunção Cristas: Sistemas multimunicipais de água devem ganhar "escala" para serem "sustentáveis"

A ministra do Ambiente, Assunção Cristas, defendeu hoje que os sistemas multimunicipais de abastecimento de água têm de ganhar "escala" para serem "mais sustentáveis", frisando as dívidas da Câmara de Évora não são um caso isolado no país.

04 de Julho de 2012 às 16:14
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"Não é um problema diferente daquele que conhecemos em vários pontos do país", sendo que todos eles "precisam de ser solucionados de uma forma integrada e global nesta estratégia de reestruturação" do grupo Águas de Portugal (AdP), disse.

A ministra Assunção Cristas, que falava à margem de um seminário em Beja, foi questionada pela agência Lusa sobre o "processo litigioso" do Município de Évora contra o Estado para sair do sistema da Águas do Centro Alentejo (AdCA), que integra seis câmaras alentejanas e a AdP.

O Jornal de Negócios avança hoje que o município já enviou a Assunção Cristas a carta que Acciona "um processo de arbitragem" contra o Estado e a AdCA, empresa à qual a autarquia deve "mais de 17 milhões de euros".

O autarca de Évora, José Ernesto Oliveira, confirmou também hoje à Lusa o avanço do processo, justificando que não obteve respostas do Ministério do Ambiente e assegurando a "absoluta incapacidade" financeira da Câmara para continuar a suportar a "factura" à AdCA.

Segundo a ministra do Ambiente, esta "não é uma matéria isolada, no sentido em que há muitas câmaras com dificuldades, com críticas, com dívidas" aos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e saneamento.

"É de todas estas matérias" que se trata "quando falamos em reestruturar o sector, em ter equilíbrio financeiro, em procurar ganhar dimensão para que possa haver solidariedade entre regiões do país e para que o ajustamento tarifário, no fundo, seja equilibrado e solidário", afirmou.

Assunção Cristas lembrou que está em curso a reestruturação da AdP: "O trabalho foi pensado e está a ser afinado, do ponto de vista estratégico", devendo "começar depois, e no próximo ano seguramente de forma mais visível, a estar no terreno".

Em Maio, um administrador da AdP revelou à Lusa que as 19 empresas concessionárias espalhadas pelo país deverão dar lugar a apenas quatro, tendo a ministra do Ambiente aludido hoje a esta estratégia de "concentração e de verticalização".

"O que precisamos é de trazer mais municípios para os sistemas" e torná-los "maiores", com "um ganho de escala", para que possam ser "mais sustentáveis financeiramente e mais equilibrados", disse Assunção Cristas.
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