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Artigo de Fernando Lima não é "esclareceder" nem tem "utilidade" neste momento

O líder parlamentar do PS considerou hoje que o artigo de Fernando Lima sobre o caso das escutas entre Belém e São Bento não é "esclarecedor" nem tem qualquer tipo de "utilidade" neste momento.

16 de Janeiro de 2010 às 15:48
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O líder parlamentar do PS considerou hoje que o artigo de Fernando Lima sobre o caso das escutas entre Belém e São Bento não é "esclarecedor" nem tem qualquer tipo de "utilidade" neste momento.

"Não vejo [o artigo] como uma afronta ao PS. Não acho que aquele artigo contribua para esclarecer seja o que for e não me parece, francamente, que tenha qualquer tipo de utilidade neste momento na nossa vida pública", afirmou Francisco Assis, durante uma conferência de imprensa realizada hoje ao final da manhã na sede do partido sobre as eleições presidenciais.

Francisco Assis acusou ainda o assessor da Casa Civil do Presidente da República de ter "desrespeitado", "um pouco", o dever de reserva que o cargo implica, com a publicação do artigo, hoje, no semanário Expresso.

"Tenho tido o cuidado enquanto líder parlamentar do PS em não concorrer para a perturbação de relações institucionais adequadas entre o Parlamento, o Governo e a Presidência da República", afirmou.

Já antes, o deputado socialista Ricardo Rodrigues tinha afirmado, em declarações à Agência Lusa, que o artigo de opinião de Fernando Lima é "inqualificável" e que levanta "mais suspeições".

No artigo, Fernando Lima refere que o caso não passou de "uma intriga política com o objectivo de envolver o Presidente da República no palco da luta eleitoral".

"O episódio chega mesmo a ser invocado recorrentemente, sempre que a conveniência política o determina, mas na verdade, não passou de uma teia bem urdida pelo fértil imaginário dos criadores de factos políticos", escreve.

O Diário de Notícias avançou a 18 de Setembro que o assessor do Presidente da República Fernando Lima foi a fonte do diário Público na sua manchete de Agosto, em pré-campanha eleitoral, segundo a qual já no ano passado Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.

Nesse dia, o DN publicou uma alegada mensagem de correio electrónico entre dois jornalistas do Público - Luciano Alvarez e o correspondente da Madeira, Tolentino de Nóbrega - com instruções para seguir pistas fornecidas pelo até então assessor de imprensa do Presidente, Fernando Lima, quanto a essa suspeita, supostamente por ordem directa de Cavaco Silva.

Sobre o e-mail trocado entre os dois jornalista do público, Fernando Lima refere que "é absolutamente alheio e sem correspondência com a realidade".

"A luta política eleitoral estava no seu auge e era preciso desviar as atenções do que podia esclarecer os portugueses ou informá-los sobre a real situação do país", escreve ainda.

Fernando Lima foi afastado do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação social, mas mantém-se na Presidência da República como assessor do chefe da Casa Civil de Cavaco Silva.

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