Notícia
Aprovado primeiro estudo com voluntários infetados deliberadamente
O Reino Unido aprovou o primeiro estudo mundial sobre a covid-19 no qual os voluntários serão deliberadamente infetados com o vírus para testar a eficácia de vacinas e tratamentos, anunciou hoje o Governo britânico.
17 de Fevereiro de 2021 às 13:13
O objetivo destes "estudos de desafio" [challenge studies, em inglês] é estabelecer qual a quantidade mínima de vírus necessária para causar a infeção, o que permitirá aos médicos compreender melhor a doença e ajudar na resposta à pandemia, explicou o revelou o Ministério da Economia, Energia e Estratégia Industrial.
Se este estudo for considerado seguro, participantes em testes clínicos de vacinas em desenvolvimento poderão ser expostos ao vírus que causa a covid-19, ajudando a identificar as vacinas mais eficazes e acelerar o seu desenvolvimento.
A luz verde foi dada por uma comissão de ética para a realização de testes clínicos e o estudo deverá começar dentro de um mês, tendo sido lançado um apelo para conseguir até 90 voluntários com idades entre 18 e 30 anos.
O estudo vai usar a variante inicial do vírus SARS-Cov-2 confirmada no Reino Unido desde março de 2020 e que os cientistas consideram ter um risco reduzido em adultos jovens saudáveis, à qual os voluntários vão ser expostos "um ambiente seguro e controlado" e acompanhados de perto por médicos e investigadores.
Até agora, os testes clínicos às vacinas são feitos com voluntários que são imunizados primeiro e depois expostos naturalmente ao vírus, no convívio social numa comunidade onde existem altos níveis de infeção.
"Embora tenha existido um progresso muito positivo no desenvolvimento de vacinas, queremos encontrar as vacinas melhores e mais eficazes para uso a longo prazo", defendeu o ministro da Economia, Kwasi Kwarteng.
A empresa hVIVO, pioneira neste tipo de testes com humanos, está envolvida no estudo com uma série de instituições académicas e hospitalares britânicas.
O diretor científico da empresa, Andrew Catchpole, disse que os dados "vão facilitar imediatamente o modelo de desafio a ser usado para o teste de eficácia de vacinas, bem como para responder a uma série ampla de questões científicas fundamentais que não são viáveis com os testes de campo tradicionais, como exatamente que tipo de resposta imunológica é necessária para conferir proteção contra reinfecção", justificou.
O Reino Unido é um dos países com o plano de vacinação mais avançado, tendo imunizado já mais de 15,5 milhões de pessoas, das quais 546 mil com uma segunda dose, a qual é administrada com um intervalo de até 12 semanas.
É também o país com o balanço de mortalidade mais elevado da Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México, tendo registado 118.195 óbitos confirmados desde o início da pandemia covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.522 pessoas dos 788.561 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Se este estudo for considerado seguro, participantes em testes clínicos de vacinas em desenvolvimento poderão ser expostos ao vírus que causa a covid-19, ajudando a identificar as vacinas mais eficazes e acelerar o seu desenvolvimento.
O estudo vai usar a variante inicial do vírus SARS-Cov-2 confirmada no Reino Unido desde março de 2020 e que os cientistas consideram ter um risco reduzido em adultos jovens saudáveis, à qual os voluntários vão ser expostos "um ambiente seguro e controlado" e acompanhados de perto por médicos e investigadores.
Até agora, os testes clínicos às vacinas são feitos com voluntários que são imunizados primeiro e depois expostos naturalmente ao vírus, no convívio social numa comunidade onde existem altos níveis de infeção.
"Embora tenha existido um progresso muito positivo no desenvolvimento de vacinas, queremos encontrar as vacinas melhores e mais eficazes para uso a longo prazo", defendeu o ministro da Economia, Kwasi Kwarteng.
A empresa hVIVO, pioneira neste tipo de testes com humanos, está envolvida no estudo com uma série de instituições académicas e hospitalares britânicas.
O diretor científico da empresa, Andrew Catchpole, disse que os dados "vão facilitar imediatamente o modelo de desafio a ser usado para o teste de eficácia de vacinas, bem como para responder a uma série ampla de questões científicas fundamentais que não são viáveis com os testes de campo tradicionais, como exatamente que tipo de resposta imunológica é necessária para conferir proteção contra reinfecção", justificou.
O Reino Unido é um dos países com o plano de vacinação mais avançado, tendo imunizado já mais de 15,5 milhões de pessoas, das quais 546 mil com uma segunda dose, a qual é administrada com um intervalo de até 12 semanas.
É também o país com o balanço de mortalidade mais elevado da Europa e o quinto a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e México, tendo registado 118.195 óbitos confirmados desde o início da pandemia covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.408.243 mortos no mundo, resultantes de mais de 109 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 15.522 pessoas dos 788.561 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.