Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Apoios aos veículos eléctricos excluem os topos de gama

Portarias publicadas hoje determinam que só haverá subsídios para veículos até 50 mil euros com baterias que garantam autonomia superior a 120 quilómetros.

  • 2
  • ...
Os subsídios do Estado à compra de veículos eléctricos pelas famílias portuguesas vão limitar-se a automóveis com um preço até 50 mil euros, segundo determina uma portaria que hoje é publicada em "Diário da República".

O diploma indica também que só será dado o apoio de cinco mil euros a carros com autonomia superior a 120 quilómetros.


Ao fixar um tecto de 50 mil euros, o Governo exclui alguns modelos topo de gama que deverão surgir no mercado nos próximos anos. É o caso da versão eléctrica do desportivo Audi R8, por exemplo, cujo preço de venda deverá ultrapassar os 140 mil euros. O Roadster, da norte-americana Tesla, que é um dos modelos eléctricos com maior autonomia no mundo, é vendido por mais de 80 mil euros, pelo que também ficará de fora dos apoios.



Mas a generalidade dos modelos eléctricos que marcas como a Nissan, Renault e Mitsubishi estão a lançar está numa faixa de preços abaixo dos 50 mil euros. O Nissan Leaf, que terá as suas baterias fabricadas em Portugal, custará perto de 30 mil euros. O Governo dará um apoio de cinco mil euros por pessoa, o que significa que um agregado familiar poderá ter vários carros eléctricos subsidiados, desde que com titulares distintos.

Incentivo só para uso particular



A portaria do Governo que regulamenta as condições dos incentivos deixa claro que só são elegíveis os automóveis que "sejam adquiridos para uso não comercial e por pessoa singular". Ao limitar os apoios à categoria M1 (ligeiros de passageiros), o Governo exclui os comerciais ligeiros dos incentivos. Além disso têm de ser veículos exclusivamente eléctricos, o que deixa de fora híbridos como o Toyota Prius. Por outro lado, as regras de atribuição de apoios impedirão quem tenha dívidas ao fisco e à Segurança Social de beneficiar deste incentivo.



Após comprar um veículo eléctrico, durante dois anos, o proprietário não pode vendê-lo a uma empresa ou a um particular que lhe dê um uso comercial. Se isso acontecer, o beneficiário do incentivo terá de devolver ao Estado os cinco mil euros.



Foi há um ano que o primeiro-ministro anunciou que o Governo iria criar um apoio de cinco mil euros para a aquisição de carros eléctricos pelos portugueses (mais 1.500 euros se for entregue para abate um veículo com motor de combustão interna). Desde então, o Executivo, juntamente com várias empresas, trabalhou o conceito da rede de carregamento destes veículos. Serão instalados até final de 2011 um total de 1.350 pontos de carregamento nos espaços públicos. Com a infra-estrutura em andamento, resta as marcas de automóveis fazerem, de facto, os carros eléctricos chegarem a Portugal. Algo que está previsto para o final deste ano.

As condições para poder ter o apoio de 5 mil euros

100% eléctrico, até 50 mil euros e autonomia elevada

O carro a adquirir tem de ter ser de propulsão exclusivamente eléctrica (ficam de fora os carros híbridos). O preço de venda ao público não pode ir além dos 50 mil euros. E a bateria do carro tem de ter uma autonomia mínima de 120 quilómetros.

Usar o carro apenas para fins particulares


Além das especificações técnicas referidas, o veículo (que tem de ser um ligeiro de passageiros, não pode ser comercial ligeiro). Tem de ser usado só para fins particulares. A DGAIEC fará o controlo do uso dos incentivos.

Não dever ao fisco e à segurança social
O comprador não pode dever às Finanças nem à Segurança Social.



Estar entre os primeiros cinco mil compradores


O incentivo directo à compra está limitado a cinco mil beneficiários, para já. Será criado um contador na Internet que mostrará quantas candidaturas já houve.

O stand trata


É o vendedor do veículo que trata da candidatura ao subsídio. Quem compra já pagará o preço com desconto.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio