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António Costa garante que não vai aumentar o IVA

Assunção Cristas perguntou quando é que a taxa normal do IVA sobe dos actuais 23%. António Costa garantiu que "não vem aí o papão" que será o aumento do IVA.

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15 de Abril de 2016 às 12:01
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O IVA não vai subir, garantiu esta manhã António Costa, durante o debate quinzenal na Assembleia da República. A presidente do CDS perguntou ao primeiro-ministro quando é que a taxa normal do IVA, actualmente em 23%, iria subir, integrando o plano B que será apresentado no Programa de Estabilidade. O primeiro-ministro rejeitou que vá mexer nesse imposto.

"Não vale a pena agitar nos próximos cinco dias ou três semanas o papão de que vamos aumentar a taxa do IVA, porque é um papão que se vai esvair no final dessas três semanas", afiançou o primeiro-ministro. No final do mês, no dia 27 de Abril, o Programa de Estabilidade será discutido no Parlamento, em conjunto com o Plano Nacional de Reformas.

Costa aconselhou Cristas a mudar de estratégia. "É melhor escolher outra linha, com um bocado mais de imaginação, com menos papões, mesmo sabendo do seu amor pela família e pelas crianças. Não vem aí o papão", garantiu António Costa.

"Perspectivas para Portugal não são boas"

O primeiro-ministro explicou ainda por que razão não apresentou o Programa de Estabilidade. Não é porque o esteja a esconder, mas porque quer que ele contenha a informação mais actualizada. "Não insisto em esconder nada", apenas garantir que o Programa de Estabilidade "assente na informação mais recente e actualizada". "Designadamente a que esta semana foi divulgada pelo FMI sobre a economia mundial, europeia" e mercados com quem Portugal tem trocas comerciais.

"Não são boas, e consequentemente, não são boas as perspectivas relativamente a Portugal", reconheceu.

Costa lembrou que "ainda esta semana a Católica fez uma revisão às suas próprias perspectivas". E diz que há trâs razões para o crescimento ter encolhido. São elas "o facto de a economia ter desacelerado no último semestre de 2015, o facto de o défice estrutural de 2015 não ter tido a redução que se previa e ter tido um comportamento negativo" e ainda "o facto de a negociação que Portugal fez com a UE ter forçado a ter um Orçamento do Estado menos expansionista, e que pode contribuir menos para o crescimento da economia".

"O Programa de Estabilidade tem que assentar no realismo das previsões. Temos que discutir se queremos ou não ser voluntaristas. Em matéria de previsões convém ser previdente e conservador", rematou, em resposta à presidente do CDS.



Notícia actualizada com mais informação às 13:54
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