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António Serrano: "Não há super homens nem super mulheres"

O ministro cessante da Agricultura, António Serrano, admitiu hoje estar preocupado com o volume de pastas que a sucessora.

20 de Junho de 2011 às 18:36
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O ministro cessante da Agricultura, António Serrano, admitiu hoje estar preocupado com o volume de pastas que a sucessora, Assunção Cristas, vai ter de coordenar, realçando que "não há super homens nem super mulheres".

Em declarações aos jornalistas, o ministro cessante da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas realçou que "não há super homens nem super mulheres e, por muita vontade que exista na coordenação dos dossiês, é preciso ter equipas muito sólidas para [Assunção Cristas] responder ao trabalho".

À margem do 34.º Congresso Mundial da Vinha e do Vinho (OIV), no Porto, António Serrano considerou que a tutela acumulada da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território "é uma tarefa muito complexa", realçando que obriga a "uma arquitectura muito exigente e independentemente da valia de cada ministro, há uma questão inultrapassável que é a capacidade humana".

No seu último ato público enquanto ministro, o cabeça de lista do PS pelo círculo de Santarém realçou que, durante os últimos 20 meses, trabalhou todos os dias, sustentando que "é uma pasta muito volumosa que vai ficar ainda mais volumosa no futuro".

António Serrano sublinhou que o cargo exige "uma grande capacidade para conciliar a agenda internacional com a necessária proximidade às pessoas do sector", considerando que "o futuro Governo em algumas matérias vai exigir um esforço individual grande aos ministros", referindo-se também ao ministério da Economia, que passou a ser também do Emprego e das Obras Públicas.

"Da minha experiência: o que eu tinha já dava muito trabalho, não parei um dia, trabalhei todos os dias, de manhã à noite", declarou.

António Serrano disse já ter transmitido à sucessora, a dirigente centrista Assunção Cristas, estar disponível para ajudar "não só no período de transição, mas depois para lhe dar a informação que é necessária", reconhecendo que a democrata cristã tem pela frente "uma tarefa hercúlea".

O ministro socialista admitiu deixar "em cima da mesa vários assuntos que vão exigir muita atenção da nova ministra", nomeadamente duas "reformas importantíssimas: a da Política Agrícola Comum (PAC) e a Política Comum de Pescas".

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