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André Ventura é testemunha de acusação no caso dos Vistos Gold
O candidato à Câmara de Loures será ouvido em tribunal na próxima quarta-feira, já depois das autárquicas. Na data dos factos sobre os quais vai agora testemunhar era inspector do Fisco, escreve o Público na sua edição desta sexta-feira, 29 de Setembro.
André Ventura, que antes de se lançar na política, era inspector das Finanças, será uma das testemunhas de acusação a ser ouvida no âmbito do julgamento do chamado caso dos vistos gold, em que um dos arguidos é o ex-ministro do PDS Miguel Macedo. A audição decorrerá já depois das eleições e de André Ventura ter sido eleito para o executivo da câmara municipal de Loures (as sondagens antecipam-lhe um terceiro luga na corrida para a câmara, atrás de Bernardino Soares, da CDU, e da socialista Sónia Paixão).
Segundo a edição desta sexta-feira, 29 de Setembro, do jornal Público, foi na qualidade de inspector tributário estagiário que em 2014 André Ventura analisou um caso que, posteriormente, viria a ser investigado no âmbito do processo dos Vistos gold. Tratava-se do negócio do tratamento em Portugal de feridos de guerra líbios, em que eram protagonistas um amigo de Miguel Macedo e Paulo Lalanda de Castro, à data patrão de José Sócrates, concretiza o Público.
Estava em causa uma eventual isenção de IVA à empresa envolvida e Paulo Núncio, então secretário de Estado dos Assuntos Fiscais , afirmou recentemente em tribunal ter recebido representantes da empresa a pedido de Miguel Macedo, precidamente para discutir essa questão do IVA.
André Ventura foi um dos técnicos que teve de se pronunciar sobre a questão. Em declarações ao Público diz agora não se recordar bem da situação e de qual terá siso a posição que então defendeu – isentar ou não de IVA a empresa em causa. A AT, recorde-se, acabaria por decidir pela isenção.