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Alemanha: SPD, verdes e liberais chegam a acordo para formar Governo
O social-democrata Olaf Scholz deverá suceder a Angela Merkel como chanceler.
O partido social-democrata (SPD), o mais votado nas eleições legislativas alemãs de 26 de setembro, e os partidos Verdes e Liberal Democrata anunciaram hoje ter chegado a um acordo preliminar para formar Governo.
"Efetivamente conseguimos chegar a acordo. É um resultado muito bom, mostra claramente que pode ser formado um Governo na Alemanha", afirmou o social-democrata Olaf Scholz, provável futuro chanceler, numa declaração à imprensa feita em conjunto com dirigentes dos partidos ecologista, Annalena Baerbock e Robert Habeck, e liberal, Christian Lindner.
O acordo foi adotado na ronda de negociações eleitorais preliminares e terá de ser submetido no fim de semana à análise dos congressos dos Verdes e dos liberais.
"É um acordo muito bom, necessário para levar a cabo a modernização de que a Alemanha tanto precisa", disse Scholz.
"Para mim, pessoalmente, é muito importante destacar que temos conseguido ter estas conversas sempre com espírito construtivo", acrescentou o líder social-democrata, enquanto Baerbock definiu o que foi acordado como "o alicerce" de um acordo que agora será submetido ao partido, com o propósito de poder realizar "a renovação" de que a Alemanha necessita.
"Os últimos dias foram marcados por um estilo diferente, com conversas em que os três participantes agiram com total discrição", disse Lindner, aludindo à anterior tentativa de formar um acordo tripartido entre conservadores, liberais e verdes, promovida pela ainda chanceler, Angela Merkel, em 2017, mas que fracassou quando o projeto foi abandonado pelo Partido Democrático Liberal.
O SPD, de Scholz, foi o partido mais votado nas eleições legislativas de 26 de setembro, com 25,7%, enquanto os Verdes obtiveram o melhor resultado da sua história numa eleição nacional, com 14,8%, e os liberais registaram 11,5% dos votos.
O acordo tripartido entre social-democratas, verdes e liberais era, portanto, a opção mais provável para formar o Governo que sucederá à atual coligação no poder, liderada pela conservadora Merkel.
Os conservadores, cujo candidato a chanceler era Armin Laschet, obtiveram 24,1% dos votos.