Notícia
Alemanha aberta a adaptação das prioridades do plano de recuperação europeu
O ministro das Finanças alemão diz que são necessários investimentos em infraestruturas, energia e competitividade, mas não mais despesas de consumo do Estado ou adiamento de reformas.
26 de Março de 2022 às 13:45
O ministro das Finanças alemão mostrou-se aberto a uma adaptação, à luz da guerra na Ucrânia, das prioridades do plano de recuperação europeu adotado pela União Europeia para fazer face à pandemia.
"Estou aberto a uma nova priorização dos fundos disponíveis" dentro do plano de recuperação num contexto que "mudou", disse Christian Lindner numa entrevista a ser publicada no domingo no jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.
O ministro rejeita a ideia de um novo agrupamento de fundos europeus para lidar com as repercussões económicas da guerra na Ucrânia, bem como para despesas de defesa que a maioria dos países quer aumentar.
"Não necessitamos de novos fundos comuns com dívidas comuns", defende o ministro, que é também presidente do partido liberal alemão FDP e, como tal, apoiante de políticas orçamentais rigorosas.
"São necessários investimentos em infraestruturas, energia e competitividade", argumentou o ministro alemão, mas "não mais despesas de consumo do Estado ou adiamento de reformas".
A discussão na Europa sobre uma extensão do fundo europeu sem precedentes criado para lidar com a pandemia da covid-19 surgiu na UE devido às repercussões já visíveis da guerra na Ucrânia, que está a resultar num aumento da inflação e num abrandamento do crescimento.
Na sequência da pandemia, os 27 chefes de Estado e de Governo da Europa adotaram em 2020 o maior pacote de recuperação de sempre da UE, totalizando cerca de 800.000 milhões de euros para a reconstrução da Europa pós-covid.
"Estou aberto a uma nova priorização dos fundos disponíveis" dentro do plano de recuperação num contexto que "mudou", disse Christian Lindner numa entrevista a ser publicada no domingo no jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.
"Não necessitamos de novos fundos comuns com dívidas comuns", defende o ministro, que é também presidente do partido liberal alemão FDP e, como tal, apoiante de políticas orçamentais rigorosas.
"São necessários investimentos em infraestruturas, energia e competitividade", argumentou o ministro alemão, mas "não mais despesas de consumo do Estado ou adiamento de reformas".
A discussão na Europa sobre uma extensão do fundo europeu sem precedentes criado para lidar com a pandemia da covid-19 surgiu na UE devido às repercussões já visíveis da guerra na Ucrânia, que está a resultar num aumento da inflação e num abrandamento do crescimento.
Na sequência da pandemia, os 27 chefes de Estado e de Governo da Europa adotaram em 2020 o maior pacote de recuperação de sempre da UE, totalizando cerca de 800.000 milhões de euros para a reconstrução da Europa pós-covid.