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AHETA não apoia nenhum candidato à Região de Turismo do Algarve

A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) divulgou hoje que não irá apoiar qualquer candidatura à Região de Turismo do Algarve (RTA), defendendo o cumprimento do mandato ainda em vigência.

22 de Abril de 2003 às 12:48
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A Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) divulgou hoje que não irá apoiar qualquer candidatura à Região de Turismo do Algarve (RTA), defendendo o cumprimento do mandato ainda em vigência.

«A AHETA é defensora de que os mandatos são para cumprir e, por isso mesmo, devem ser levados ao fim, ou seja, e neste caso concreto, até meados de Julho deste ano», segundo um comunicado da direcção da associação.

Esta tomada de posição surge após a RTA ter convocado eleições antecipadas para o próximo dia 28 de Abril, no seguimento da demissão do actual presidente da comissão executiva Paulo Neves.

A AHETA reforça dizendo que «demarca-se de eventuais candidaturas não lideradas pelo sector, uma vez que as mesmas são partidárias, sem qualquer programa de acção concreto e, por conseguinte, incapazes de responder às necessidades empresariais e ais grandes desafios do turismo do Algarve no futuro».

«O facto de um dos membros do executivo ter assumido formal e publicamente a sua candidatura à presidência, na nossa perspectiva fora de tempo, vem gerando um clima de instabilidade crescente no funcionamento interno daquele órgão regional, com repercussões negativas, tanto para os envolvidos, como para a imagem turística da região», segundo a mesma fonte.

A AHETA considera que os órgãos decisórios da RTA deverão resultar da vontade do sector, considerando que «o quadro legal que rege a RTA é burocrático, desajustado e totalmente inadequado, não permitindo acompanhar as transformações e as realidades da actividade turística».

«Este modelo encontra-se certamente esgotado, sendo urgente e necessária uma RTA renovada, capaz de servir o turismo do Algarve e o modelo adoptado para as Regiões de Turismo foi construído com base numa percepção errada da actividade turística», acrescenta a direcção da mesma entidade.

A entidade salienta que «não deixa de ser caricato que, de um total de 33 membros, as estruturas empresariais disponham apenas de cinco representantes e, por conseguinte, sem capacidade para influenciar decisões e muito menos resultados eleitorais».

A AHETA frisa que «a solução que vier a ser encontrada corre, mais uma vez, o grave risco de resultar do conflito dos diferentes interesses político-partidários instalados na Região de Turismo».

«A nova RTA não pode resumir-se a uma mera substituição de figuras mais ou menos ilustres, exigindo antes de mais, uma nova atitude assente em ideias, programas e objectivos».

A AHETA conclui que pretende «ver uma RTA a liderar o processo de recuperação da imagem do Algarve» e «capaz de mobilizar as autoridades nacionais e regionais, os trabalhadores e investidores».

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