Notícia
Agostinho Pereira de Miranda: "Hidrogénio é a opção certa, mas vai custar muito dinheiro"
É um dos mais prestigiados advogados do país que fez toda a sua carreira na área da energia. No podcast "Conversas Visíveis" olha para os atuais desafios que o Ocidente enfrenta e avisa que a transição terá relevantes "obstáculos".
14 de Setembro de 2022 às 18:56
O podcast "Conversas Visíveis" regressa esta quinta-feira com e o convidado é Agostinho Pereira de Miranda, um dos mais conceituados advogados da nossa praça que fez quase todo o seu percurso profissional na área da Energia.
O rosto máximo da Miranda e Associado acredita que a atual transição energética "não se vai fazer sem muitas surpresas, obstáculos e alterações até de orientação" já que "parte de um pressuposto que não é necessariamente verdadeiro e que é o de que podemos descarbonizar toda a vida económica do planeta numa geração".
Para o jurista, "o caminho é o da substituição gradual dos combustíveis fósseis", até porque "a maior ameaça à segurança internacional é a ameaça climática", mas esse percurso não se fará sem elevados custos para os cidadãos.
"Provavelmente, a opção pelo hidrogénio verde é a opção certa, mas vai custar muito dinheiro aos contribuintes", alerta Agostinho Pereira de Miranda. E lembra que "o hidrogénio verde - hoje, e não se antecipa alterações muito drásticas nos próximos anos -custa cinco vezes que o hidrogénio produzido a partir de gás natural".
"Estamos mesmo a ver, designadamente em Portugal, que os consumidores e/ou contribuintes vão pagar, como pagaram os 9 mil milhões de euros das renováveis que hoje nos custam um valor muito elevado, embora sejam boa parte da solução do problema de aprovisionamento que temos", sintetiza.
Agostinho Pereira de Miranda acredita também que, em termos de política energética, "o chamado Ocidente tem feito sempre leituras precipitadas dos planos da China", defendendo a necessidade de um acordo com aquele país e com a Índia "no sentidode termos um tratado internacional com metas vinculativas para as emissões".
Agostinho Pereira de Miranda é o convidado desta semana do podcast Conversas Visíveis, numa conversa conduzida pelos colunistas da Mão Visível Jorge Marrão e Paulo Carmona.O episódio estará disponível no site do Negócios e nas plataformas Apple Podcasts e Spotify a partir desta quinta-feira.
O rosto máximo da Miranda e Associado acredita que a atual transição energética "não se vai fazer sem muitas surpresas, obstáculos e alterações até de orientação" já que "parte de um pressuposto que não é necessariamente verdadeiro e que é o de que podemos descarbonizar toda a vida económica do planeta numa geração".
"Provavelmente, a opção pelo hidrogénio verde é a opção certa, mas vai custar muito dinheiro aos contribuintes", alerta Agostinho Pereira de Miranda. E lembra que "o hidrogénio verde - hoje, e não se antecipa alterações muito drásticas nos próximos anos -custa cinco vezes que o hidrogénio produzido a partir de gás natural".
"Estamos mesmo a ver, designadamente em Portugal, que os consumidores e/ou contribuintes vão pagar, como pagaram os 9 mil milhões de euros das renováveis que hoje nos custam um valor muito elevado, embora sejam boa parte da solução do problema de aprovisionamento que temos", sintetiza.
Agostinho Pereira de Miranda acredita também que, em termos de política energética, "o chamado Ocidente tem feito sempre leituras precipitadas dos planos da China", defendendo a necessidade de um acordo com aquele país e com a Índia "no sentidode termos um tratado internacional com metas vinculativas para as emissões".
Agostinho Pereira de Miranda é o convidado desta semana do podcast Conversas Visíveis, numa conversa conduzida pelos colunistas da Mão Visível Jorge Marrão e Paulo Carmona.O episódio estará disponível no site do Negócios e nas plataformas Apple Podcasts e Spotify a partir desta quinta-feira.