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ADSE tem menos 100 mil beneficiários desde que a troika chegou
De 2011 para cá, a ADSE perdeu cerca de 100 mil beneficiários, indicam os números revelados esta quinta-feira pelo Diário Económico. O aumento dos descontos é uma das explicações possíveis.
O subsistema de saúde da função pública perdeu mais de 100 mil beneficiários desde 2011, ano em que a troika chegou a Portugal e começou a ser implementado o programa de assistência. Os números são adiantados esta quinta-feira pelo Diário Económico que frisa que esta redução poderá explicar-se, não só com a redução do número de funcionários públicos, mas também com o aumento dos descontos e com o facto de parte dos familiares terem perdido o acesso à ADSE.
O Diário Económico recorda que, na sequência do aumento dos descontos – desde Junho de 2014 que estão nos 3,5% - beneficiários com salários mais elevados terão optado por sair, trocando a ADSE por seguros de saúde privados.
Aliás, tal como o Negócios já tinha noticiado, ao longo do ano passado, houve 2.965 funcionários que desistiram da ADSE, de acordo com os dados oficiais solicitados pelo Negócios depois da informação divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap). Apesar de se tratar de uma minoria entre os 508 mil titulares no activo, a evolução das saídas foi significativa: em 2013 tinham sido registadas 319 desistências, de acordo com os dados fornecidos pelo ministério das Finanças no ano passado.
De acordo com os números facultados pela ADSE ao Diário Económico, em 2011 o número de beneficiários ascendia a 1.345.390 e em Janeiro deste ano estava nos 1.244.143, ou seja, em quatro anos, uma redução de 101.247 beneficiários. Só em Janeiro de 2015 o número caiu 30 mil face a Dezembro de 2014.