A Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) alcançou ontem um valor de cobrança coerciva de 1.000 milhões de euros desde 1 de Janeiro de 2007. Este é o ano em que a Administração Fiscal atingiu mais cedo este limiar de cobrança, antecipando em cerca de um mês o referido nível de realização face ao ano passado.

O número de pagamentos efectuados em processos de cobrança coerciva atingiu os 882.237 documentos de pagamento emitidos no período em análise, valor que supera em 26% o número conseguido entre 1 de Janeiro e 20 de Agosto de 2006, que foi de 699.694. Em relação ao referido período de 2005, em que se atingiu 483.764 documentos, o acréscimo conseguido foi de 82%.

O nível de cobrança alcançado este ano está em linha com a previsão para este período do ano, de acordo com o comunicado emitido pelo Ministério das Finanças, situando-se 1% acima da referida previsão, e mais do que duplica a cobrança conseguida no mesmo período de 2003, confirmando a tendência de crescimento constante, ocorrido todos os anos, desde 2003.

Recorde-se que o objectivo de cobrança coerciva para este ano de 2007 é de 1.600 milhões de euros.

A DGCI justifica os valores alcançados este ano com o facto de estar em curso, em todo o país, um extenso plano de qualificação e saneamento da base de dados das dívidas, que envolveu a análise minuciosa e a certificação de cerca de dois milhões de processos.

"É nesta linha que já está em plena produção o SIPA – Sistema Informático de Penhoras Automáticas, através do qual foram marcadas, entre 1 de Janeiro e 21 de Agosto de 2007, cerca de 400 mil penhoras, número que supera as 387.000 marcadas em todo o ano de 2006", conclui o comunicado das finanças.