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Adesão global à greve superior a 75%, segundo sindicatos

A greve de hoje da função pública, contra as medidas restritivas impostas pelo Governo ao sector, está a ter uma adesão média superior a 75%, segundo as primeiras estimativas globais dos sindicatos. O Governo diz que está abaixo dos 30%.

15 de Julho de 2005 às 14:41
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A greve de hoje da função pública, contra as medidas restritivas impostas pelo Governo ao sector, está a ter uma adesão média superior a 75%, segundo as primeiras estimativas globais dos sindicatos. O Governo diz que está abaixo dos 30%.

O coordenador da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, Paulo Trindade, disse à agência Lusa que a média global é 75%, embora em muitos sectores a adesão seja de 100%, nomeadamente nos portos, na recolha de lixo e na saúde.

Segundo o sindicalista, não estão a entrar, nem a sair, navios nos portos portugueses porque os pilotos das barras paralisaram totalmente. Como só os barcos de pequenos porte - traineiras - podem fazer a manobra de entrada e saída nas barras sem o auxilio de um piloto especializado, a greve está a impossibilitar o movimento dos navios nos portos, incluindo os arrastões de pesca.

Nos hospitais e centros de saúde estão a ser assegurados os serviços mínimos, que mantém em funcionamento as urgências - todos os actos médicos programados (consultas e cirurgias) não se estão a efectuar.

Com adesões à greve entre os 60 e os 80%, Paulo Trindade referiu serviços da segurança social, da justiça, educação e finanças.

Em autarquias como Beja, Fundão, Penamacor, Sertã, Arraiolos, Alcácer do Sal, Almada, Moita e Sesimbra, a adesão ronda os 100 por cento, percentagem que é quase sempre alcançada nos serviços de recolha de lixo e nas oficinas das restantes autarquias.

A paralisação também está a ter repercussões no estrangeiro, tendo levado ao encerramento das embaixadas de Macau, Paris e Bruxelas.

Governo diz que adesão é de 30%

O Ministério da Finanças anunciou hoje que os números provisórios de adesão dos trabalhadores à greve da Função Pública registados de manhã não ultrapassam os 30%.

«Em nenhum ministério a percentagem de adesão à greve foi superior a 30%», disse à agência Lusa fonte ministerial.

O ministro das Finanças, Luís Campos e Cunha, disse hoje estar disponível para manter conversações com os sindicatos, mas rejeitou qualquer alteração ao rumo traçado pelo Governo.

«Continuamos abertos ao diálogo em sede de concertação social, mas não pode estar em causa a política geral que foi anunciada e que estava no programa do Governo», assegurou o titular da pasta das Finanças em declarações à TSF.

A greve, que abrange um universo de mais de 700 mil trabalhadores, é convocada pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP), Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE/UGT) e Sindicato dos trabalhadores dos Impostos (STI/Independente).

Na origem do protesto está o facto de o Governo socialista de José Sócrates, no âmbito das medidas de combate ao défice público, ter decidido congelar as promoções e as progressões nas carreiras dos funcionários públicos, reduzir o salário durante a doença e aumentar gradualmente a idade da reforma.

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