A informação disponível até Setembro inclusive, permite concluir que a actividade económica registou uma "redução ligeiramente mais expressiva nos dois últimos meses, contrariando o comportamento observado em Julho", em virtude de um recuo transversal aos diferentes sectores e componentes do PIB.

Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no quadro da síntese económica de conjuntura, a indicador de actividade económica recuou 2,3% em Setembro, quando havia caído 2,2 e 2,1% nos dois meses imediatamente anteriores. O recuo mais profundo foi registado em Abril, 2,5%.

Todos os indicadores quantitativos recuaram em Setembro: consumo privado e investimento registaram reduções mais intensas; as exportações nominais desaceleraram e importações acentuaram diminuição. Também todos os sectores de actividade acentuaram perdas.

O INE destaca a contracção mais acentuada na indústria, quer na actividade quer no volume de negócios. No caso do índice de volume de negócios, Setembro marca a primeira redução homóloga desde Dezembro de 2009 quando se captam as dinâmicas no mercado externo, com o instituto a referir que a evolução verificada no mês em análise "poderá estar parcialmente associada às paralisações de alguns portos nacionais".

Os dados de Setembro ajudarão a explicar a queda mais acentuada do PIB observada no terceiro trimestre. De acordo com a estimativa rápida do INE, divulhada na passada quarta-feira, o Produto caiu 3,4% em termos homólogos, acentuando a variação negativa registada no trimestre anterior (-3,2%), o que corresponde à taxa mais baixa desde o 2º trimestre de 2009, precisa o INE. Comparativamente com o trimestre anterior, o PIB diminuiu 0,8% (variação de -1,1% no 2º trimes tre) .


(notícia actualizada às 11h45)