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O dia num minuto: Governável ou ingovernável, manipulação ou não. A Chevron e a FIFA

Esta sexta-feita tomou posse o Governo de Passos Coelho. Cavaco Silva avisou para os perigos de o país ficar "ingovernável". Peter Boone, acusado de manipular a dívida portuguesa, defende-se.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Outubro de 2015 às 20:00
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Passos Coelho apela ao "entendimento". Pedro Passos Coelho voltou a apelar à "cooperação e entendimento" a "todas as forças políticas, sociais e cívicas" no seu discurso de tomada de posse do XX Governo, onde renova o seu mandato enquanto primeiro-ministro, feito esta sexta-feira. "Assumo a responsabilidade indeclinável que expressa a vontade dos portugueses", afirmou Passos Coelho. Os discursos do actual Presidente da República e de Passos Coelho acompanharam a cerimónia de tomada de posse dos 16 ministros e dos 36 secretários de Estado.

O país pode ficar "ingovernável", avisa Cavaco. É essencial que Portugal tenha estabilidade política. E é essencial que essa estabilidade surja ao abrigo de um acordo entre PSD, CDS e PS. Estas foram as principais ideias do discurso de Cavaco Silva, que deu posse esta sexta-feira ao novo Governo liderado por Passos Coelho e, no final, repetiu várias das mensagens que já tinha transmitido quando anunciou a indigitação do líder do PSD. Se não houver estabilidade política, Portugal será um "país ingovernável", avisou o Presidente da República no discurso  em que deu posse ao Executivo.


Escândalo na FIFA. Credit Suisse investigado.
 Os Estados Unidos da América e a Suíça estão a investigar se as entidades bancárias, incluindo o Credit Suisse, permitiram transacções suspeitas e indevidas ou ignoraram as leis contra o branqueamento de capitais nas relações com a federação internacional de futebol (FIFA), noticia esta sexta-feira, 30 de Outubro, a Bloomberg. O Credit Suisse refere, no relatório dos resultados trimestrais, que "está a cooperar com as autoridades neste caso". O procurador-geral suíço Michael Lauber disse, em Junho, que havia 53 movimentações bancárias suspeitas de infringirem as leis contra o branqueamento de capitais.

Chevron corta 7 mil postos de trabalho. A Chevron, uma das maiores empresas do mundo do ramo da energia, especialmente do petróleo, vai cortar entre 6 a 7 mil postos de trabalho, escreve o Financial Times esta sexta-feira, 30 de Outubro. A empresa quer reduzir o investimento de capital em 25% no próximo ano para um valor entre os 25 mil milhões de dólares e os 28 mil milhões de dólares. Os cortes vão continuar em 2017 e 2018, sendo que a empresa tenciona gastar entre 20 e 28 mil milhões de dólares, "dependendo das condições de negócio na altura", afirmou a Chevron.

Fundo russo quer ajudar a Oi. O fundo russo Letter One confirmou esta sexta-feira que começou as negociações exclusivas com a Oi para ajudar a empresa brasileira a participar "em qualquer consolidação do sector". As conversas estão ainda "numa fase preliminar", disse ao Negócios o porta-voz do L1 Technology, veículo através do qual o fundo encabeçado pelo milionário Mikhail Fridman assinou o acordo com a Oi. O fundo propõe-se injectar quatro mil milhões de dólares na Oi, onde a Pharol tem uma participação de 27,2%, caso a operadora avance para um processo de fusão. 

114 mil imigrantes jovens. Já são a maioria. O perfil do emigrante português dos últimos três anos mostra que ele é relativamente jovem e em idade de trabalhar. Entre 2011 e 2014 saíram do país 114 mil emigrantes permanentes entre os 20 e os 39 anos, 57% do total. Os dados com estas conclusões foram publicados na sexta-feira, 30 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Fica-se ainda a saber que os emigrantes portugueses que saíram do país com o objectivo de ficarem fora pelo menos um ano fixou-se em 49,5 mil, dos quais 65% são homens e 35% são mulheres. Dois terços tiveram como destino países da União Europeia e 93% eram pessoas em idade activa.

Manipulação de dívida, ou não, eis a questão. Um ganho de 820 mil euros com a venda a descoberto de dívida pública portuguesa. Este terá sido o factor que fez soar os alarmes da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e que, sabe o Negócios, levou à participação pelo regulador ao Ministério Público. Em causa está Peter Boone, economista reconhecido internacionalmente, que terá escrito vários artigos de opinião em 2010, influenciando negativamente os juros da dívida portuguesa. O Ministério Público quer agora, por isso, que seja julgado por manipulação do mercado. Boone reagiu esta sexta-feira. Nega a acusação e diz que irá "defender-se veementemente". O doutorado de Harvard acrescenta ainda que colaborou com toda investigação e classifica como "inconcebível" que a subida dos juros da dívida se deva aos seus artigos de opinião.


Análise. Helena Garrido, directora do negócios, analisa a toma de posse do Governo. "Este foi um Governo especialmente preparado para o combate de curto prazo". Veja o vídeo.

 

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