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Ucrânia: UE recomenda ao seu pessoal não essencial em Kiev que deixe o país

"Não estamos a promover uma retirada. Por agora, os funcionários não essenciais têm a opção de fazer teletrabalho fora do país", explicou Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa e Segurança.

Reuters
11 de Fevereiro de 2022 às 23:15
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A União Europeia (UE) recomendou aos funcionários não essenciais da sua representação em Kiev para que deixem a Ucrânia e façam teletrabalho, adiantou hoje o porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

"Não estamos a promover uma retirada. Por agora, os funcionários não essenciais têm a opção de fazer teletrabalho fora do país", explicou Peter Stano, porta-voz do Alto Representante da UE para a Política Externa e Segurança.

"Continuamos a avaliar a situação à medida que evolui, em estreita consulta e coordenação com os Estados-membros da UE", acrescentou.

O chefe da delegação europeia em Kiev, o estoniano Matti Maasikas, recomendou hoje ao pessoal não essencial para que deixe a Ucrânia "o mais rápido possível", segundo um 'email' divulgado pelo portal EU-Observer.

O porta-voz da diplomacia da UE recusou comentar o conteúdo deste 'email'.

A Letónia e a Estónia pediram hoje que os seus cidadãos deixem a Ucrânia por causa de uma "séria ameaça à segurança representada pela Rússia perto da fronteira ucraniana e uma ameaça credível de uma escalada da situação", referiram os ministérios dos Negócios Estrangeiros destes países.

Também Oslo, Washington e Londres enviaram a mesma mensagem aos seus cidadãos esta sexta-feira.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Espanha revelou hoje que tem preparado um dispositivo para a retirada de espanhóis na Ucrânia que pode ser "ativado se necessário".

Fontes da diplomacia espanhola confirmaram esta informação à agência EFE, acrescentando que estão a analisar a situação e em contacto com os parceiros e aliados da UE.

Com alguns países e organismos a aconselharem os seus cidadãos e pessoal não essencial a saírem da Ucrânia, outras nações na NATO e UE, tal como a Espanha, decidiram, para já, "não mudar nada".

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, e do conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertaram hoje que a invasão da Rússia à Ucrânia pode ocorrer ainda durante os Jogos Olímpicos de Inverno, que estão a decorrer em Pequim até 20 de fevereiro.

A Rússia enviou mais de 100.000 soldados para as fronteiras da Ucrânia, onde conduz atualmente manobras, suscitando receios por parte do Ocidente de uma operação militar contra Kiev.

Moscovo, que já anexou a península da Crimeia em 2014, nega qualquer movimento agressivo em direção à Ucrânia, mas condiciona qualquer desescalada a uma série de requisitos, incluindo a garantia de que Kiev nunca integrará a NATO, algo que o Ocidente considera inaceitável.

As várias rondas de conversações diplomáticas nos últimos dias não trouxeram progressos na resolução da crise, que o Ocidente descreve como uma das mais perigosas desde o fim da Guerra Fria, há três décadas.

Washington e os países europeus anunciaram também que estão a enviar milhares de tropas para o leste da Europa em apoio à Ucrânia.
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