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Pentágono está a investigar a divulgação de documentos secretos

A Ucrânia já reagiu à publicação dos documentos, que classificou como uma "operação de desinformação russa" para semear dúvidas sobre a contraofensiva na Ucrânia.

09 de Abril de 2023 às 20:38
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O Pentágono está a investigar uma violação de segurança que levou à publicação de documentos confidenciais relativos à forma como os norte-americanos estão a fornecer ajuda à Ucrânia antes de uma possível contraofensiva.

Os documentos ultrassecretos foram divulgados no Twitter e no Telegram e alegadamente contêm detalhes sobre o envio de armas dos Estados Unidos para a Ucrânia e outras informações confidenciais.

Vários analistas militares têm referido que os documentos parecem ter algumas partes alteradas do seu formato original, especialmente porque parecem apresentar estimativas muito altas para o número de ucranianos mortos na guerra e um baixo número de soldados russos mortos. Este fator tem levado à crença de que se tratam de documentos publicados por Moscovo para espalhar informações incorretas.

Sabrina Singh, vice-secretária do Pentágono, partilhou que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos está "ciente dos relatos das publicações nas redes socias" e encontra-se a "analisar o assunto".

A publicação destes documentos representa uma "violação significativa da inteligência americana no esforço de ajudar a Ucrânia".

Um dos documentos que se encontrava a circular nos canais do governo pró-Rússia continha um cronograma de treino de 12 brigadas de combate ucranianas e 9 delas estariam a ser treinadas pelos Estados Unidos e pela NATO. Era exposto ainda que estas brigadas precisavam de 250 tanques e outros 350 veículos.

Os documentos contêm também detalhes sobre as taxas de gastos com munições para os serviços militares ucranianos, incluindo os sistemas de foguetes Himars, produzidos nos Estados Unidos.

A Ucrânia já reagiu à publicação dos documentos, que classificou como uma "operação de desinformação russa" para semear dúvidas sobre a contraofensiva na Ucrânia. Mykhailo Podolyak, responsável da presidência ucraniana, garantiu que os documentos contêm "uma grande quantidade de informações fictícias", não passando de "jogos operacionais da inteligência russa".

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