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Londres marca reunião de crise por causa de petroleiro capturado pelo Irão

A primeira-ministra britânica, Theresa May, preside na segunda-feira de manhã a uma reunião interministerial de crise sobre a captura pelo Irão de um petroleiro do Reino Unido no estreito de Ormuz, anunciou hoje o Governo.

D.R.
Negócios 21 de Julho de 2019 às 23:14

A dirigente, que termina as suas funções na quarta-feira, fará um ponto da situação com os membros do Governo e abordará a questão da manutenção da segurança da navegação no Golfo, indicou o executivo britânico num comunicado.

 

Propriedade de um armador sueco, o petroleiro "Stena Impero" foi apresado na sexta-feira pela Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão.

 

Segundo as autoridades iranianas, o navio foi apreendido por "incumprimento do código marítimo internacional".

 

No sábado, o Reino Unido já tinha pedido ao Irão a libertação do petroleiro, considerando a apreensão "inaceitável".

 

Candidato à sucessão de May no lugar de primeiro-ministro, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, disse que o executivo informará o parlamento na segunda-feira das "medidas adicionais" que o Reino Unido pretende tomar, mas acrescentou que a prioridade é resolver a atual situação.

 

O governo britânico também enviou hoje à ONU uma denúncia da apreensão do petroleiro pelo Irão "em violação do direito internacional", negando a versão de incidente dada por Teerão.

 

"Não procuramos o confronto com o Irão", escreveu o embaixador adjunto do Reino Unido na ONU, Jonathan Allen, ao presidente do Conselho de Segurança e ao secretário-geral.

 

E acrescentou: "Mas é inaceitável [...] ameaçar um navio que está a fazer os seus negócios legítimos nos corredores reconhecidos internacionalmente".

 

Hoje também, o diretor da Organização de Portos e Navegação da província iraniana de Hormozgan, Alahmorad Afifipur, assegurou que a tripulação do petroleiro está "a salvo" e de "boa saúde".

 

De acordo com o responsável local, a embarcação está atracada "numa zona segura" do porto de Bandar Abbas, cidade costeira iraniana.

 

Nenhum dos 23 tripulantes do navio tem nacionalidade britânica, sendo a tripulação composta por pessoas da Índia, Rússia, Letónia e Filipinas.

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