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Força Aérea também vai gerir meios aéreos privados já no próximo ano

O ministro da Defesa disse à Rádio Renascença esta quinta-feira que a Força Aérea vai gerir “todos os meios aéreos” utilizados no combate a incêndios, incluindo os que são alugados a privados. O novo modelo deve estar operacional já no próximo ano.

José Alberto Azeredo Lopes, ministro da Defesa. Avaliação: Melhor ministro - 0,1%; Pior ministro - 0,4%.
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26 de Outubro de 2017 às 12:33
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Todos os meios aéreos que servem para combater incêndios vão passar a ser geridos pela Força Aérea, anunciou esta manhã o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, em entrevista à Rádio Renascença. Em causa estão as "aeronaves que são públicas" e as que "sazonalmente tenham que ser contratadas para o combate aos incêndios". O que significa que será a Força Aérea a gerir os helicópteros pesados Kamov, que são do Estado, bem como os 25 meios aéreos contratados à empresa Everjets.

 

"Todos os meios serão geridos pela Força Aérea; isto significa não só a gestão dos contratos como a gestão da alocação de meios àquilo que for determinado pela estrutura de comando da Protecção Civil", acrescentou o ministro da Defesa. Com isso consegue-se "uma visão integrada dos meios públicos e capacidade de gestão e utilização de meios que é mais alargada", até porque também serão alocados meios da própria Força Aérea para combater os incêndios.

 

A Força Aérea dispõe de helicópteros pesados, como o Merlin EH-101 de fabrico italiano, do qual foram adquiridos 12 exemplares, ou dos 18 Alouette, helicópteros ligeiros que terminam o seu ciclo de vida em 2018. Estes últimos deixarão de voar no próximo ano e está previsto que as cinco aeronaves que os vão substituir tenham capacidade de combate a incêndios. Também os cinco a seis aviões KC-390 que vão substituir os Hércules C-130 terão essa capacidade.

 

O ministro lembra que, desde o ano passado, existe uma "directiva clara" no que toca à aquisição de novas aeronaves para a Força Aérea. "Essa aquisição deve ser, sempre que possível, com a aeronave dotada de ‘kit’ de combate a incêndios. Do mesmo modo, como os nossos Alouette a partir do final de 2018 já não podem ser utilizados", os "novos helicópteros devem estar dotados de kit contra incêndios".

 

Mas isso não poderá não ser suficiente. "Ainda é cedo para dizer, embora admita que possa haver um reforço através de aquisição de aeronaves", assumiu Azeredo Lopes. Os novos meios aéreos da Força Aérea não chegarão antes de 2019 e operar um EH-101 no combate a um incêndio pode ser demasiado oneroso. Esta quinta-feira, o DN diz que a Força Aérea vai pedir um reforço de aeronaves para fazer o combate a incêndios.

 

Orçamento da Defesa para 2018 deve ser reforçado

Azeredo Lopes diz esperar que a Força Aérea já assuma a gestão de aeronaves de combate a incêndios no próximo ano, a tempo da próxima temporada de fogos. "Eu espero que sim, sinceramente". Na próxima semana deverá ser designado um grupo pelos ministérios da Defesa e Administração Interna para "desenhar o mais depressa possível esse modelo de transição" e o ministro admite que o orçamento da Defesa possa ser reforçado.

 

"Pode ser. Se for necessário, os partidos que apoiam o Governo não deixarão de atender a necessidades concretas que venham a ser definidas", afiançou. A Força Aérea está a preparar um "estudo de comando e gestão que vai propor para decisão política", onde deverá elencar as condições necessárias para que esta atribuição passe para este ramo das Forças Armadas. Nessa sede deverão ser redefinidas "novas necessidades e novos investimentos".

 

Azeredo diz que não tem "sentido" resistências da parte da Força Aérea à assunção destas novas competências, até porque este ramo tem "capacidade de planeamento, organização e gestão que justifica plenamente" este reforço. Até porque a Força Aérea "não vai ser a nova Protecção Civil".

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