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CEME pediu demissão por "razões pessoais", diz Presidência da República
O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Carlos Jerónimo, alegou "razões pessoais" no pedido de demissão apresentado ao Presidente da República, disse à Lusa fonte da presidência.
O general Carlos Jerónimo, Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) desde 18 de Fevereiro de 2014, apresentou esta quinta-feira um pedido de demissão ao Presidente da República, que é, por inerência, o Comandante Supremo das Forças Armadas.
Segundo a fonte da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa aceitou o pedido de demissão do general Carlos Jerónimo, tendo agradecido os "serviços relevantes" prestados pelo CEME ao país.
Questionado pela Lusa sobre esta demissão, o gabinete do Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), através do coronel Helder Perdigão, disse que "este é um assunto da esfera do Exército" e remeteu para aquele ramo qualquer declaração.
Vários órgãos de comunicação social têm publicado nas suas páginas na Internet que a demissão do general Carlos Jerónimo está relacionada com o caso da polémica sobre discriminação homossexual no Colégio Militar.
Na sexta-feira, o Observador publicou uma reportagem sobre o Colégio Militar na qual o subdirector do colégio, tenente-coronel António Griolo, admitia a discriminação de alunos homossexuais naquela instituição de ensino.
A situação levou a que o ministro da Defesa tivesse pedido explicações sobre a situação, por a considerar inaceitável.
O general Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo nasceu em Paialvo, no concelho de Tomar (Santarém), tem 58 anos de idade e 41 anos de serviço militar, segundo a página do Exército na Internet.
Carlos Jerónimo tem o curso de Ciências Militares, arma de Infantaria, da Academia Militar, os cursos curriculares de carreira, o Curso de Estado-Maior e o Curso Superior de Comando e Direcção, do Instituto de Altos Estudos Militares.