"A dignificação das carreiras dos militares da Guarda deve corresponder ao rigor que lhes é exigido no exercício das suas funções e ao risco a que estão diariamente sujeitos. Também a melhoria das condições dos postos territoriais e dos equipamentos ao dispor dos militares deve ser uma preocupação constante do Governo", afirmou.

Cavaco Silva discursava numa sessão solene, durante uma visita ao Centro de Formação da GNR de Portalegre, onde aproveitou para se despedir da Guarda, a menos de um mês de terminar o seu segundo e último mandato em Belém.

"Nos tempos de incerteza que vivemos, com ameaças que pairam sobre a Europa e sobre o nosso modo de vida da parte de extremistas e radicais, devemos saudar a preparação e a disponibilidade constante dos militares da GNR", disse.

Acompanhado pelo Comandante-Geral da GNR, Tenente-General Manuel Couto, o chefe de Estado reiterou o papel da Guarda "diariamente ao serviço dos portugueses".

"Quero, por isso, ao terminar os meus mandatos prestar público tributo a cada um dos guardas, sargentos e oficiais que dia a dia cumprem a sua missão de fazer Portugal um país livre e tranquilo, um país melhor. A GNR prestigia e dignifica a Republica Portuguesa", sublinhou.

No final do seu discurso, Cavaco Silva condecorou o Tenente-general Manuel Couto, num gesto de "reconhecimento a toda a GNR" e pelo seu "contributo" no Comando-Geral da Guarda.

No Centro de Formação da GNR de Portalegre, a instrução é ministrada desde 1985 e até hoje foram formados cerca de 16.500 militares.

Depois da escola da Guarda, o chefe de Estado inaugura, também em Portalegre, um lar para portadores de deficiência e uma estrutura residencial para idosos, antes de, em Évora, visitar a Igreja de S. Francisco, que acolhe a emblemática Capela dos Ossos e que foi alvo de obras de reabilitação.