Não há muitos dias, a 13, a plataforma social do passarinho azul assinalou um autor nascido na cosmopolita Paris, a capital-luz, a capital-amor da França. Foi o criador do maior lipograma do mundo, imortalizado num livro com 300 páginas [publicação: 1969], intitulado "La Disparition".

A iniciativa lúdica convidava os usuários a subtrair, nos posts publicados ao longo do dia, a vogal mais usada na romântica língua do autor. Havia uma hashtag para a dinâmica criativa. A única imposição: abolir a tal vogal.

Nas linhas agora ficadas para trás, não foi discriminado o baptismo do autor ou a vogal subtraída. Não por distracção. Foi propositado. Mas adivinha o motivo? Não?

O seu nome é Georges Perec. E, se não o soube antes, foi porque até aqui, neste texto, se homenageou este escritor da mesma forma que o desafio lançado no Twitter: sem o uso da letra e [#JourSansE].

Quand Georges Perec s'expliquait sur "La disparition" : "ça a l'air impossible, et puis ensuite, ça devient grisant" #JourSansEhttps://t.co/FZ4UyZPAFD pic.twitter.com/O502DF8Amx

— France Culture (@franceculture) 13 de março de 2018