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Responsável por uma das maiores fraudes de arte da última década foi detido em Espanha
Jose Carlos Bergantiños Diaz, figura central de um esquema de falsificação de obras de arte nos Estados Unidos, foi detido em Sevilha no final da semana passada.
Um negociante de arte espanhol, identificado pelas autoridades norte-americanas como uma figura central de uma das maiores fraudes relacionadas com obras de arte da última década, foi detido em Espanha, e as autoridades esperam que os Estados Unidos peçam a sua extradição, avança a Bloomberg.
O negociante de arte, Jose Carlos Bergantiños Diaz, que estava a ser procurado há vários meses, foi detido pela polícia espanhola na sexta-feira, 18 de Abril, num hotel luxuoso da baixa de Sevilha.
Os procuradores federais e os agentes do FBI de Nova Iorque acreditam que Bergantiños foi responsável por uma mega fraude que ludibriou o mundo da arte e levou vários colecionadores a gastarem mais de 80 milhões de dólares em falsificações de obras de artistas como Mark Rothko, Jackson Pollock e Robert Motherwell.
O esquema de falsificações foi levado a cabo com a ajuda da namorada de Bergantiños, Glafira Rosales, que foi acusada em Maio passado, tendo-se declarado culpada em Setembro. Desde então, Glafira está a colaborar com as autoridades.
A comercialização dos quadros falsos, muitos dos quais foram vendidos através dos escritórios daquela que foi, em tempos, a mais antiga galeria de Nova Iorque, Knoedler & Company, representa um dos mais impressionantes escândalos da última década do mercado de arte.
O verdadeiro autor das obras é um imigrante chinês, que pintava os quadros na sua garagem em Woodhaven, Queens. Saíam dali para serem apresentados ao mundo da arte como novas descobertas de grandes autores do século XX. As autoridades procuram agora o imigrante chinês, Pei-Shen Qian, que acreditam ter voltado para a sua terra natal no ano passado.