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Paris e outras regiões de França entram em confinamento durante um mês

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou novas restrições para a zona de Paris e outras regiões do país devido à covid-19.

Reuters
18 de Março de 2021 às 18:17
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O governo francês anunciou o confinamento da população durante quatro semanas em 16 departamentos do país, incluindo a cidade de Paris. A medida entra em vigor a partir desta sexta-feira à meia-noite.

Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, justificou o endurecimento das medidas na região de Paris e arredores (Île de France), bem como noutras zonas do país, com o aumento do número de casos de covid-19.



A progressão da covid-19 em França está claramente a acelerar, declarou Castex.

 

O número de pessoas em unidades de cuidados intensivos com covid-19 nos hospitais franceses aumentou em 27, para 4.246 – o mais elevado número este ano, anunciou hoje o ministro da Saúde, Olivier Véran.

 

Também o número de novos casos positivos à covid mantém a tendência ascendente, tendo aumentado nas últimas 24 horas em 34.998 para 4,18 milhões, naquela que é a segunda maior subida em números absolutos este ano (depois de 38.501 novos casos ontem).

As escolas e comércio considerado essencial, incluindo as livrarias, permanecerão abertas, anunciou Jean Castex. Além disso, será permitido fazer exercício ao ar livre, mas apenas até 10 quilómetros de distância de casa.

 

O comércio considerado não essencial irá fechar portas e a circulação na rua será restrita nas regiões abrangidas pelo lockdown.

 

Já o recolher obrigatório terá início mais tarde do que atualmente, começando às 19:00 em vez de às 18:00. No passado dia 16 de janeiro foi introduzido em França o recolher obrigatório às 18:00 – medida inicialmente planeada para vigorar durante 15 dias mas que se manteve sem interrupções.

O terceiro lockdown num ano

 

Este anúncio é feito na semana em que se assinala um ano do primeiro lockdown a nível nacional, recorda a France 24. O presidente Emmanuel Macron fez o anúncio a 16 de março de 2020 e o confinamento entrou em vigor no dia seguinte, 17 de março – tendo terminado 55 dias depois, a 10 de maio.

 

O segundo período de quarentena em França, em novembro, não abrangeu as escolas, se bem que o país nunca tenha alcançado o objetivo de Macron de reduzir o número de novas infeções para menos de 5.000 casos por dia, tendo os casos recomeçado a aumentar em 2021, refere o mesmo canal.

Com 4,18 milhões de pessoas infetadas desde o início do surto em França, o país tem o sexto maior número de casos em todo o mundo.

 

O presidente Macron foi firmemente contra um terceiro lockdown a nível nacional, preferindo, em vez disso, impor restrições a nível local, para tentar conter a propagação do vírus e o crescente número de novos contágios com a variante britânica. E Castex referiu, nesta conferência de imprensa, que o mais sensato foi não decretar um confinamento nacional no final de janeiro, "como fizeram muitos dos nossos países vizinhos", já que isso teria provavelmente significado um lockdown de longa duração, possivelmente de três meses, em todo o país, "o que teria sido excessivo e insuportável".

O primeiro-ministro francês anunciou também que França voltará a administrar a vacina da AstraZeneca/Oxford à população a partir desta sexta-feira, depois de a Agência Europeia do Medicamento ter defendido hoje a sua segurança e eficácia. Portugal, Alemanha e Itália também já se pronunciaram no mesmo sentido.


(notícia atualizada às 19:11)

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