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Variante delta gera dúvidas entre cientistas e decisores sobre combate à pandemia

Centro de Controlo e Prevenção de Doenças concluiu que o número de infeções de pessoas totalmente vacinadas tem vindo a aumentar desde maio, representando um em cada 25 dos novos casos em meados de julho.

Tang Ming Tung
Negócios 23 de Agosto de 2021 às 16:02
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A evolução da pandemia ainda não permite avaliar a velocidade a que pessoas vacinadas contra a covid-19 estão a ser infetadas com a variante delta, nem a probabilidade de espalharem o vírus para outras pessoas. No entanto, existe uma preocupação crescente entre a comunidade científica em relação a uma maior suscetibilidade dos vacinados a desenvolverem doença grave do que se pensava anteriormente, segundo noticia a Bloomberg.

A escassez de estudos científicos com dados concretos leva a que decisores de políticas públicas tomem decisões e formulem planos com base em informações fragmentadas. Há muita diversidade de abordagens. Países como a Nova Zelândia optam por confinar assim que surge um caso de coronavírus, outros como Portugal preparam o levantamento das restrições.


O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) realizou um estudo no estado de Nova Iorque em que concluiu que o número de infeções de pessoas totalmente vacinadas tem vindo a aumentar desde maio, representando quase 4% dos casos em meados de julho, revela a agência. Os investigadores alertam que fatores como a flexibilização das restrições e aumento da propagação da variante delta podem estar relacionados com este crescimento.


"Geralmente temos de tomar decisões de saúde pública com base em dados imperfeitos, mas há muitas coisas que não sabemos", disse Tom Frieden, ex-diretor dos CDC e chefe da organização sem fins lucrativos Resolve to Save Lives, citado pela Bloomberg. Diversos fatores poderão explicar o aumento dos casos de infeção, incluindo a velocidade de propagação da variante delta, a diminuição progressiva da imunidade ou a ineficácia das vacinas contra esta estirpe.

Em simultâneo, é também possível que haja maior exposição por parte dos vacinados a ambientes de risco como reuniões sociais, viagens ou jantares em ambientes fechados. Apesar da incerteza, os especialistas reafirmam que as vacinas dão uma proteção significativa contra a covid-19 fazendo com que vacinados que sejam infetadas com o vírus tenham menor probabilidade de serem hospitalizadas ou de morrer da doença.

Em diversos países, acelerar o ritmo de vacinação tem sido definido como prioridade pelos governantes. Em Portugal cerca de 30% da população ainda não foi vacinada contra a covid-19 e a variante Delta continua a ser a mais predominante no país, com uma frequência relativa de 98,9%.

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