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Universidade do Minho em estudo mundial sobre impacto da pandemia

A UMinho refere que o trabalho pretende ajudar a identificar os efeitos e os fatores que influenciam o impacto da covid-19 no bem-estar físico e mental da população.

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11 de Maio de 2020 às 16:14
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A Universidade do Minho (UMinho) é parceira de um estudo de avaliação do impacto da covid-19 na saúde da população mundial, que envolve cerca de 200 investigadores de mais de 30 países, anunciou hoje aquela academia.

Em comunicado, a UMinho refere que o trabalho pretende ajudar a identificar os efeitos e os fatores que influenciam o impacto da covida-19 no bem-estar físico e mental da população.

A investigação quer compreender que perfis de pessoas têm maior ou menor risco de ter problemas de saúde durante uma pandemia.

Contará com a colaboração de dois investigadores portugueses, designadamente Pedro Morgado (Escola de Medicina da UMinho) e Sofia Brissos (Centro Hospitalar de Lisboa).

Os investigadores pretendem ainda perceber quais são os fatores de proteção que podem beneficiar as pessoas, com vista à criação de programas de intervenção mais adequados para esta pandemia e para futuras pandemias que possam ocorrer.

O estudo conta com vários parceiros internacionais, como a Associação Mundial de Psiquiatria, a Associação Europeia de Psiquiatria e a organização de Prevenção de Doenças Mentais e Promoção da Saúde Mental do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia, bem como várias universidades e associações de saúde.

O projeto é liderado por Christoph Correll, professor na Escola de Medicina de Zucker (EUA) e na Charité - Universitätsmedizin (Alemanha), e Marco Solmi, professor na Universidade de Pádua (Itália) e no King's College (Reino Unido).

"Esta investigação, ao ser realizada em mais de 70 países, permitirá compreender os impactos das diferentes medidas que foram tomadas em cada país, bem como a influência da existência de diferentes respostas públicas nesta pandemia; os dados obtidos permitirão desenhar respostas de saúde mental que ajudem a prevenir os seus impactos, bem como a implementar programas de deteção precoce e tratamento", refere Pedro Morgado, citado no comunicado.

O trabalho baseia-se num inquérito que será enviado em três fases: durante a pandemia, seis meses depois e doze meses depois.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 282 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de 1,3 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.144 pessoas das 27.679 confirmadas como infetadas, e há 2.549 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.
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