Notícia
Rui Rio não pede milagres, mas quer reforço da vigilância em lares e de testes
O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta segunda-feira ser "premente" o reforço da vigilância sobre os lares, tal como a testagem de "todas as pessoas" que tiveram contactos próximos com infetados com covid-19, ainda que sem sintomas.
07 de Setembro de 2020 às 21:03
No final de uma reunião sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que juntou peritos, políticos e parceiros sociais e que decorreu hoje no Porto, o líder do PSD frisou que, em novembro, quando ao novo coronavírus se juntarem outras doenças respiratórios, se espera que o país esteja mais bem preparado do que quando a doença surgiu.
"O Governo tem essa responsabilidade de conseguir preparar o país o melhor possível. Ninguém pede milagres, porque não há milagres, mas método e organização seguramente", afirmou.
Rui Rio reiterou ainda um apelo ao executivo sobre o regresso às aulas que já tinha feito hoje de manhã, após visitar uma escola em Vila do Conde.
"Era absolutamente vital que o Governo, com as autarquias, câmaras e até juntas de freguesia, criasse um modelo de transporte dos alunos para as escolas de modo a minorar os contactos, que aí até serão com o público em geral", afirmou.
Segundo o líder do PSD, na reunião de hoje à tarde, "ficou claro" da exposição dos técnicos que, se for possível "reduzir substancialmente os contactos entre jovens nas escolas", será também um travão à possibilidade de uma segunda onda da pandemia.
"Se nada fizermos, é quase certo que teremos segunda onda", alertou, defendendo que, se nos jovens será impossível uma redução de contactos de 70%, considerou viável uma diminuição para "menos de metade", o que colocaria o país "num patamar razoável de prevenção" quanto a uma segunda onda.
Questionado se concordava com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que disse hoje na reunião - numa parte que já não deveria ser aberta, mas que continuou a ser transmitida - não compreender como é que ainda não se retiraram lições do que aconteceu nos lares numa primeira vaga da pandemia da covid-19, o presidente do PSD respondeu afirmativamente.
"Há lares que eu próprio tive oportunidade de visitar que tive consciência que estão a fazer bem as coisas, mas há outros que não", disse.
Rui Rio defendeu ser "premente reforçar a vigilância sobre os lares", eventualmente até com a ajuda da nova aplicação StayawayCovid, mas também que se testem "todas as pessoas que tiveram um contacto próximo com o vírus, ainda que assintomáticos".
"Há pouco, contaram-me o caso de alguém que tem uma idade muito avançada e teve um contacto, mas como não tem sintomas não se testa. Assim não, nessa idade se não se testa e dá positivo, não é necessariamente fatal, mas já está lá muito próximo", disse.
O encontro de hoje foi o primeiro depois do verão e o primeiro a realizar-se no Porto e contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa - que saiu sem prestar declarações, ao contrário do que aconteceu em todas as outras reuniões - o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, bem como líderes e representantes partidários, patronais e sindicais.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde
SMA // JPS
Lusa/fim
"O Governo tem essa responsabilidade de conseguir preparar o país o melhor possível. Ninguém pede milagres, porque não há milagres, mas método e organização seguramente", afirmou.
"Era absolutamente vital que o Governo, com as autarquias, câmaras e até juntas de freguesia, criasse um modelo de transporte dos alunos para as escolas de modo a minorar os contactos, que aí até serão com o público em geral", afirmou.
Segundo o líder do PSD, na reunião de hoje à tarde, "ficou claro" da exposição dos técnicos que, se for possível "reduzir substancialmente os contactos entre jovens nas escolas", será também um travão à possibilidade de uma segunda onda da pandemia.
"Se nada fizermos, é quase certo que teremos segunda onda", alertou, defendendo que, se nos jovens será impossível uma redução de contactos de 70%, considerou viável uma diminuição para "menos de metade", o que colocaria o país "num patamar razoável de prevenção" quanto a uma segunda onda.
Questionado se concordava com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que disse hoje na reunião - numa parte que já não deveria ser aberta, mas que continuou a ser transmitida - não compreender como é que ainda não se retiraram lições do que aconteceu nos lares numa primeira vaga da pandemia da covid-19, o presidente do PSD respondeu afirmativamente.
"Há lares que eu próprio tive oportunidade de visitar que tive consciência que estão a fazer bem as coisas, mas há outros que não", disse.
Rui Rio defendeu ser "premente reforçar a vigilância sobre os lares", eventualmente até com a ajuda da nova aplicação StayawayCovid, mas também que se testem "todas as pessoas que tiveram um contacto próximo com o vírus, ainda que assintomáticos".
"Há pouco, contaram-me o caso de alguém que tem uma idade muito avançada e teve um contacto, mas como não tem sintomas não se testa. Assim não, nessa idade se não se testa e dá positivo, não é necessariamente fatal, mas já está lá muito próximo", disse.
O encontro de hoje foi o primeiro depois do verão e o primeiro a realizar-se no Porto e contou com a participação do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa - que saiu sem prestar declarações, ao contrário do que aconteceu em todas as outras reuniões - o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, bem como líderes e representantes partidários, patronais e sindicais.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde
SMA // JPS
Lusa/fim