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Reino Unido retira Portugal da "lista negra" das quarentenas

Portugal deixou de estar incluído na lista de países de onde os viajantes que entrem no Reino Unido terão de cumprir 14 dias de quarentena.

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Portugal foi esta quinta-feira incluído na lista de países de onde os viajantes que entram no Reino Unido não necessitam de cumprir uma quarentena de 14 dias. O anúncio foi feito pelo ministro dos Transportes, Grant Schapps, no Twitter.



A decisão entra em vigor a partir das 04:00 do próximo sábado, 22 de agosto.

O anúncio surge pouco após o jornal The Guardian ter avançado que Portugal seria incluído no lote de países com corredores aéreos, enquanto a Croácia e Trindade e Tobago seriam excluídos.

Grant Schapps, num outro tweet, anunciou que Croácia, Áustria e Trindade e Tobago foram excluídos dos corredores aéreos com o Reino Unido.



O The Guardian indicava que a decisão de retirada da Croácia da lista de países que dispensam quarentena foi tomada após um ressurgimento de casos de infeção com o novo coronavírus no país e depois de ter sido identificado um surto no Reino Unido com origem na Croácia. O país dos balcãs regista uma média de 41,7 infeções por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, um valor que compara com os 20,9 casos no Reino Unido e os 27,8 casos em Portugal.

Já Trindade e Tobago será retirada devido ao aumento de casos na região do Caribe, que já tinha levado Londres a excluir da lista de países seguros outros territórios da região, como as Bahamas e Aruba.

O jornal assinalava ainda que Áustria, Suíça e Grécia também estão sob apertada vigilância pelas autoridades britânicas após registarem aumentos no número de novos casos.

A integração de Portugal nos chamados "corredores aéreos" com o Reino Unido poderá ajudar o setor turístico nacional, em particular o Algarve, permitindo um aumento de visitantes oriundos do principal mercado turístico.

Recorde-se que as autoridades portuguesas argumentaram, em diversas ocasiões, contra a manutenção de Portugal na "lista negra" britânica considerando que tal se devia ao elevado número de testes realizados no país, o que inflacionava o número de novos casos por 100 mil habitantes usado como critério por Londres.

Dado que o governo britânico deixou de fora Portugal em várias das revisões aos corredores aéreos feitas nas últimas semanas, Santos Silva chegou a ameaçar retaliar na mesma moeda contra os países que, a exemplo do Reino Unido, exigissem que os cidadãos que viajassem para Portugal cumprissem um período de quarentena no regresso à origem. O chefe da diplomacia portuguesa foi acusado pela oposição e por comentadores, entre os quais Marques Mendes, de ter sido pouco diplomático e aconselhado, em conjunto com o Governo, a fazer o trabalho de casa para que Londres revertesse a respetiva posição. 

(notícia atualizada)

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