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Portugueses foram os que mais cuidados de saúde perderam por causa da pandemia
Os portugueses foram os que mais cuidados de saúde perderam durante esta primavera, apesar de a situação estar melhor face ao verão de 2020. Um em cada três perdeu pelo menos uma consulta.
11 de Maio de 2021 às 20:21
Os portugueses foram dos que mais saíram prejudicados em termos de saúde pela pandemia de covid-19. Mais de um terço afirma não ter satisfeito necessidades de saúde durante a pandemia, e nem a telemedicina ajudou.
Os dados são do estudo "Living, working and covid-19" do Eurofound que dá conta de uma quebra do acesso aos cuidados de saúde em todos os países da União Europeia desde o início da pandemia.
Já no verão de 2020, o país tinha a segunda pior representação, com cerca de 37% dos inquiridos a afirmar terem perdido pelo menos uma consulta. Na altura a situação só era pior na Hungria, rondava os 38%. A média entre os estados-membros era de 18%.
Ainda assim, o país apresenta uma tendência para recuperar os níveis anteriores de prestação de cuidados de saúde, mas isso parece não acontecer num vasto número de países-membros, como é o caso da Alemanha, Estónia, Finlândia, Eslováquia, Bulgária, Irlanda, Grécia, Espanha e Roménia. No caso das Eslováquia e da Finlândia a pioria das situações foi mais grave, perto dos oito pontos percentuais.
Entre as principais perdas na Europa estão os cuidados hospitalares ou especializados, responsáveis por 47% dos casos de cancelamento; os cuidados dentários (27%) e os testes a doenças e exames de despiste (26%).
"A principal razão para a falta de acesso aos cuidados de saúde durante a primavera de 2021 foi a indisponibilidade para marcação de consultas devido à pandemia, seguida pela existência de filas de espera - as mesmas razões apontadas no verão de 2020", explica o estudo.