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Portugal “está a caminhar rapidamente para os 85%” de vacinados. Task-force chega ao fim
O país tem mais de 84% das pessoas com as duas doses da vacina e deverá atingir, na próxima semana, os 85%. A maior parte dos concelhos “está pendurada por meia décima”, diz Gouveia e Melo, que se despediu esta terça-feira. “Fomos os melhores do mundo”, afirmou António Costa na última reunião.
O país "está a caminhar rapidamente para os 85% de vacinados", com a maior parte dos concelhos "pendurada por meia décima" e com 86,4% das pessoas já com a primeiras dose da vacina, garantiu, esta terça-feira o ainda presidente da task-force para a vacinação no habitual briefing semanal com o primeiro-ministro. A reunião, que será a última, desta vez foi presencial e António Costa discursou no fim, sublinhando que "neste processo fomos os melhores do mundo" e que "isso é motivo de orgulho para todos".
Gouveia e Melo afirmou que "dentro de uma semana, uma semana e meia" será atingida a meta dos 85% de vacinados com as duas doses e mostrou ao primeiro-ministro os gráficos que mostram a evolução do número de infetados, para concluir que "quando atingimos os 70% de vacinados, a incidência começou a cair abruptamente em todas as regiões", o que vem acontecendo desde 14 de junho.
Atualmente, "os concelhos estão todos com incidências abaixo dos 120 casos por cem mil habitantes" e o R (t) também está a baixar em todo o território.
Como referiria depois António Costa, no final da reunião, "os últimos metros da escalada do pico são sempre os mais difíceis" e falta agora "romper a diferença com os público alvo de 340 mil pessoas, que ainda estão no intervalo entre a recuperação e o poderem ser vacinados". É "um esforço nesta reta final", salientou.
Dentro de três dias, a 1 de outubro, recorde-se, o país entra na última fase do desconfinamento, em que cai a esmagadora maioria das medidas criadas para conter a doença, uma decisão tomada na semana passada em Conselho de Ministros e que conta, precisamente, com a meta dos 85% de vacinados.
"O país deve-se orgulhar da adesão cívica dos portugueses ao processo de vacinação, sem a qual teria sido impossível alcançar estes resultados", afirmou António Costa, lembrando que "na comparação internacional a diferença foi o país ter adquirido ao longo de décadas uma cultura de vacinação, com planos nacionais de vacinação. Isso foi um terreno já bastante fértil para esta semeadura". A isso, acrescentou, soma-se, "este trabalho de coordenação", mas também a compra centralizada de vacinas pela União Europeia, evitando "disputas" entre países. "Se alguém tinha dúvidas, "a vacinação foi decisiva para a quebra da incidência".
Próximo desafio: a vacina da gripe e eventual terceira dose
A task force para a vacinação termina aqui o seu trabalho, mas está em curso o plano de transição, explicou Gouveia e Melo. "Vamos internalizar este processo, que deixa de ser excecional" e "estamos a criar um grupo que sai da task force e que vai trabalhar diretamente com a ministra da Saúde e que terá três subgrupos que lidam com o ministério", concretizou. "Aideia é continuar a trabalhar, acelerando quer a vacinação da gripe, quer a tal terceira dose" de vacina contra a covid.
Uma terceira dose que ainda aguarda decisão das autoridades de Saúde europeias, mas para a qual o país está preparado, disse Costa. "O país tem toda a margem para tomar a decisão que tecnicamente deva ser tomada" e "temos já contratadas as doses necessárias". Se a decisão não for tomada, nada se desperdiçará: "Portugal reforçará o seu esforço de cooperação internacional, em especial com os países nossos irmão da CPLP, contribuindo para o esforço internacional de vacinação", disse o primeiro-ministro.
Para já, "estamos preparados para fazer 400 mil vacinas por semana e acabar em dezembro os dois processos", o da covid e o da gripe, garantiu Gouveia e Melo.
Elogios na despedida
António Costa deixou agradecimentos às "Forças Armadas, autarcas, profissionais de saúde, em especial aos profissionais de enfermagem que ministraram a vacina, o que em alguns casos implicou duplicar ou triplicar a sua prestação de trabalho"
A Gouveia e Melo, desejou "águas mais safas e ventos de feição do que aqueles que teve de enfrentar nesta espinhosa missão, que indiscutivelmente foi coroada de sucesso e reforça a auto-estima do país e o orgulho nas Forças Armadas".
"Neste processo fomos os melhores do mundo e isso é motivo de orgulho para todos", rematou.