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Ordem diz que morreram mais três médicos de covid nos últimos dias

Bastonário da Ordem dos Médicos apela ao Governo para que melhore as condições de trabalho para reduzir o risco de infeção.

Miguel Baltazar
24 de Janeiro de 2021 às 11:24
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A Ordem dos Médicos (OM) informou este domingo, 24 de janeiro, que morreram mais três médicos vítimas de covid-19, nos últimos dias, e voltou a apelar ao Governo para que melhore as condições de trabalho para reduzir o risco de infeção.

Depois de expressar uma homenagem pública aos colegas, o bastonário da OM, Miguel Guimarães, também critica que o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal "continue a deixar milhares de médicos de fora desta fase, prejudicando quem está no terreno a salvar vidas".

"Vivemos tempos de grande pesar nacional, com muitos portugueses a perderem a vida todos os dias por causa da pandemia, sejam doentes covid ou não covid, e isso não nos pode nunca sossegar", frisa num comunicado, onde reitera a homenagem aos colegas e dirige "uma palavra especial de gratidão e de solidariedade", às famílias.

O bastonário explica que, no total, chegaram ao conhecimento da Ordem dos Médicos seis óbitos de médicos com covid-19, mas ressalva que só a tutela tem na sua posse dados a nível nacional que permitam saber efetivamente quantos médicos morreram no combate à pandemia.

"Como temos vindo a dizer desde o início, era muito importante que o Ministério da Saúde divulgasse com mais regularidade os números relacionados com o impacto da pandemia nos profissionais de saúde, tanto em termos de infeções como de óbitos ou doentes recuperados", reforça.

Miguel Guimarães também reivindica "medidas mais eficazes que permitam que os serviços de saúde tenham menos pressão e que os médicos e restantes profissionais trabalhem com mais segurança, mais meios e mais equipamentos de proteção, por eles e pelos doentes".

Segundo refere, "muitos médicos do SNS e do setor privado e social continuam por vacinar e sem uma explicação".

Lembrando que a OM já alertou para o impacto que isto pode ter na vida dos próprios médicos e dos doentes, explica que a listagem de médicos que estão a trabalhar fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), ou no SNS através de empresas prestadoras de serviços, e que queriam ser vacinados engloba um total de 6.562 profissionais.

Desses, vinca, "nem meia centena terão chegado a receber a vacina", apesar de a lista ter sido disponibilizada ao Ministério da Saúde, quer num primeiro levantamento que apontava 4.000 médicos, quer com os números mais recentes.

 

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