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Operadores saldaram fatura de março dos direitos televisivos

O presidente da Federação de Futebol agradeceu aos operadores terem decidido “cumprir com o que foi estabelecido”. A Meo desmente atrasos nos pagamentos e deixa o recado que até já pagou por jogos não realizados.

É provável que os jogos de futebol sejam suspensos ou então realizados à porta fechada.
Cátia Barbosa
03 de Abril de 2020 às 10:14
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Com as competições desportivas paradas por tempo indeterminado, surgiram dúvidas quanto ao pagamento dos milionários contratos de direitos televisivos assinados entre os clubes de futebol e as operadoras de telecomunicações, como noticiou o Record. Os valores do mês de março foram saldados, como confirmou o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, numa nota publicada no site da entidade. Mas e o mês de abril?

Os direitos televisivos do campeonato nacional passaram para as mãos das operadoras há cerca de cinco anos, depois de a Nos e Meo terem iniciado uma batalha pelos conteúdos desportivos, que até à data eram dominados pela PPTV, empresa de Joaquim Oliveira.

A atual situação de pandemia deixou o mundo em "stand by", e o futebol não foi exceção com praticamente todos os campeonatos suspensos por tempo indeterminado.

"A situação que o mundo enfrenta põe à prova o melhor de cada um de nós. São momentos que nenhum ser humano julgou algum dia enfrentar e que desafiam também a normal atividade das organizações que lideramos. O futebol não é – não podia ser – exceção. São notórias as dificuldades de um setor que contempla, quase impotente, o vazio das bancadas. Ali, onde antes havia alegria e vibração, hoje resta o silêncio", lamenta Fernando Gomes, na mesma nota publicada no site da Federação.

E é por estes mesmo motivos que o responsável agradece aos operadores terem "cumprido com o que foi estabelecido". "Acreditem que a decisão agora tomada por Altice, Nos, Vodafone e SportTV é fundamental para os clubes do futebol profissional em Portugal. É, também, um passo importante para que possamos conseguir um ponto de equilíbrio que muito ajudará a ultrapassar uma crise inesperada. Enquanto responsável pela Federação Portuguesa de Futebol, estejam certos de que não o esquecerei", apontou.

Fernando Gomes não detalha, porém, quais os prazos englobados nesta decisão dos operadores relativa ao pagamento dos direitos televisivos e patrocínios aos clubes de futebol. 

De acordo com informações recolhidas pelo Negócios, os contratos assinados entre as partes têm uma cláusula que permite a suspensão deste pagamento caso não haja jogos. Uma opção que poderá vir a ser analisada por pelo menos alguns dos operadores dependendo do tempo que o campeonato fique suspenso. Mas ainda não estará tomada nenhuma decisão, segundo as mesmas fontes.

Ao Negócios, em reação às noticias de quinta-feira que davam conta que teria pagamentos em atraso, a Altice Portugal garantiu que "não só tem todos os pagamentos regularizados junto dos clubes patrocinados, como muitos destes receberam o adiantamento de valores, se considerarmos a execução dos contratos versus os jogos efetivamente realizados, ou mesmo o decorrer do calendário, podendo pois considerar-se que houve já lugar a pagamentos referentes a jogos não realizados".

E aproveita para lamentar que "durante todo o processo de decisão de suspensão de jogos das Ligas de futebol, nunca ter sido ouvida e muito menos notificada, ou seja, nunca fomos lembrados ou envolvidos em todo o processo, apesar de sermos agora reconhecidamente uma parte importante deste ecossistema".

 

 

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