Notícia
Novo normal em Israel inclui regresso de casos de covid-19 e máscaras
Os israelitas devem preparar-se para usar máscaras novamente, numa altura em que o país adiou a reabertura das fronteiras a turistas estrangeiros, um revés para o regresso à normalidade.
26 de Junho de 2021 às 18:00
Os israelitas devem preparar-se para usar máscaras novamente, numa altura em que o país adiou a reabertura das fronteiras a turistas estrangeiros, um revés para o regresso à normalidade, devido ao aumento de casos de covid-19 associados à variante delta, considerada mais contagiosa.
"Foi tomada a decisão de que, assim que tivéssemos mais de 100 novos casos em média por semana, restabeleceríamos o uso de máscaras em espaços fechados", disse a responsável de saúde pública Sharon Alroy-Preis, de acordo com o site Ynet. "Imagino que isto aconteça já no domingo, devido à tendência muito rápida que estamos a observar." O uso de máscaras foi suspenso no início do mês.
Os novos casos caíram para um dígito em meados de junho, mas esta semana ficaram acima dos 100 por três dias seguidos. A maioria dos novos casos foi registada entre crianças não vacinadas e pessoas que regressaram do estrangeiro. Alguns dos infetados tinham sido totalmente imunizados com a vacina da Pfizer-BioNTech.
Embora a variante delta, identificada pela primeira vez na Índia, seja a mais contagiosa até ao momento, quase todos os casos registados em Israel foram assintomáticos ou leves, e o número de doentes graves permaneceu em cerca de 20 pessoas. As empresas permaneceram abertas.
No final de quarta-feira, Israel adiou por um mês a reabertura das fronteiras ao turismo estrangeiro, até ao dia 1 de agosto.
"Decidimos tratar isto como um novo surto. Pretendemos interrompê-lo aqui, pegar um balde de água e apagar as chamas enquanto ainda são pequenas", disse na terça-feira o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, num anúncio no aeroporto nacional que, ao longo da pandemia, tem sido um vetor da doença.
Outras medidas que o governo tomou esta semana incluem quarentenas mais rigorosas, mais testes diários e uma multa de 5 mil shekels (cerca de 1.287 euros) aos pais cujos filhos desrespeitem a quarentena. O uso de máscaras já foi reintroduzido em aeroportos, postos de fronteiras e instalações médicas.
A ação rápida de Bennett indica uma lição aprendida com a reabertura da economia de Israel depois do primeiro confinamento, na época sob o comando do então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Com o baixo número de casos, a cautela foi deixada de lado e as novas infeções ultrapassaram as 11 mil por dia e foram controladas apenas com confinamentos e com a campanha de vacinação mais rápida do mundo.
Mais da metade da população de Israel foi imunizada. Israel aprovou vacinas para jovens dos 12 aos 15 anos no início do mês, mas apenas alguns milhares foram imunizados.
Ainda assim, os hospitais que antes estavam sobrecarregados agora atendem apenas algumas dezenas de pacientes de covid-19.
Eran Segal, cientista do Instituto Weizmann, disse à rádio 103FM que, embora não haja necessidade imediata de pânico, Israel precisa monitorizar a evolução dos números. No Twitter, Segal disse que, apesar do aumento das infeções, "ainda não há praticamente nenhum caso grave".
"Foi tomada a decisão de que, assim que tivéssemos mais de 100 novos casos em média por semana, restabeleceríamos o uso de máscaras em espaços fechados", disse a responsável de saúde pública Sharon Alroy-Preis, de acordo com o site Ynet. "Imagino que isto aconteça já no domingo, devido à tendência muito rápida que estamos a observar." O uso de máscaras foi suspenso no início do mês.
Embora a variante delta, identificada pela primeira vez na Índia, seja a mais contagiosa até ao momento, quase todos os casos registados em Israel foram assintomáticos ou leves, e o número de doentes graves permaneceu em cerca de 20 pessoas. As empresas permaneceram abertas.
No final de quarta-feira, Israel adiou por um mês a reabertura das fronteiras ao turismo estrangeiro, até ao dia 1 de agosto.
"Decidimos tratar isto como um novo surto. Pretendemos interrompê-lo aqui, pegar um balde de água e apagar as chamas enquanto ainda são pequenas", disse na terça-feira o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, num anúncio no aeroporto nacional que, ao longo da pandemia, tem sido um vetor da doença.
Outras medidas que o governo tomou esta semana incluem quarentenas mais rigorosas, mais testes diários e uma multa de 5 mil shekels (cerca de 1.287 euros) aos pais cujos filhos desrespeitem a quarentena. O uso de máscaras já foi reintroduzido em aeroportos, postos de fronteiras e instalações médicas.
A ação rápida de Bennett indica uma lição aprendida com a reabertura da economia de Israel depois do primeiro confinamento, na época sob o comando do então primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Com o baixo número de casos, a cautela foi deixada de lado e as novas infeções ultrapassaram as 11 mil por dia e foram controladas apenas com confinamentos e com a campanha de vacinação mais rápida do mundo.
Mais da metade da população de Israel foi imunizada. Israel aprovou vacinas para jovens dos 12 aos 15 anos no início do mês, mas apenas alguns milhares foram imunizados.
Ainda assim, os hospitais que antes estavam sobrecarregados agora atendem apenas algumas dezenas de pacientes de covid-19.
Eran Segal, cientista do Instituto Weizmann, disse à rádio 103FM que, embora não haja necessidade imediata de pânico, Israel precisa monitorizar a evolução dos números. No Twitter, Segal disse que, apesar do aumento das infeções, "ainda não há praticamente nenhum caso grave".