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Níveis de risco passam a ter em conta o R(t) e casos por 100 mil habitantes

No âmbito do plano de desconfinamento, o Governo adotou uma nova classificação de níveis de risco epidemiológico.

11 de Março de 2021 às 20:55
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O Governo adotou uma nova classificação para o risco da pandemia, no âmbito do plano de desconfinamento apresentado esta quinta-feira, anunciou o primeiro-ministro.

Até agora os quatro níveis de risco eram determinados apenas pela incidência de novos casos: Extremo (960 ou mais novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias); Muito Elevado (480 a 960); Elevado (240 a 480) e Moderado (inferior a 240).

A nova classificação, contudo, leva em conta não só a incidência como também o índice de transmissibilidade, o R(t).

"Agora, aquele que era o limite mínimo [240] passa a ser o limite máximo e as medidas terão de ser revistas sempre que ultrapassarmos o número de 120 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias ou sempre que o nível de transmissibilidade ultrapasse o 1", disse António Costa.

"Ao dia de hoje, estamos com 105 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias e temos, com o índice de ontem, um R de 0,78", exemplificou.

Assim, explicou António Costa, é definida uma classificação com dois eixos: no vertical, o número de casos por 100 mil habitantes em 14 dias tem como linha divisória o valor de 120; no horizontal, o R(t) tem como limite de separação o valor de 1.

"Aquilo que iremos ver a cada 15 dias ou, se quiserem, de dois em dois dias - porque o R é calculado de dois em dois dias -, é em qual quadrante nos encontramos.


Para o nível de risco mais baixo é necessário que haja menos de 120 casos por 100 mil habitantes e um R inferior a 1. No segundo nível, os casos têm de ser inferiores a 120 mas o R pode superar o 1. Com mais de 120 novos contágios mas um R inferior a 1 estaremos no terceiro nível e, por fim, com mais de 120 casos e um R acima de 1 ficamos no patamar de risco mais elevado.

Na prática, no nível mais baixo é possível continuar a progredir nas medidas de desconfinamento previstas no calendário apresentado. Nos dois níveis seguintes impõe-se uma manutenção das medidas em vigor na altura, sem que se possa progredir. Por último na situação de mais de 120 casos e um R superior a 1, "não só não podemos progredir, como temos de regredir nas medidas adotadas", disse Costa.

Questionado pelos jornalistas, o primeiro-ministro assegurou que "não iremos acelerar em relação a este calendário". "A zona verde significa que estamos numa situação de conforto em relação ao calendário que definimos. Se passarmos para as zonas amarelas significa que estamos numa situação em que temos de paralisar essa evolução. E se chegarmos à zona vermelha, significa que temos mesmo de voltar para trás relativamente aos avanços que já obtivemos", esclareceu.
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