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Ministra da Saúde preocupada com aumento da letalidade da covid-19

A ministra da Saúde, Marta Temido, mostrou-se esta sexta-feira preocupada com o aumento da letalidade da covid-19, no dia em que Portugal voltou a atingir um novo máximo de casos diários de infeção e registou 52 mortes nas últimas 24 horas.

06 de Novembro de 2020 às 17:18
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"A letalidade da doença tem subido nos últimos dias e é bastante preocupante", disse a governante, que falava aos jornalistas no Porto onde se reúne esta tarde com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) depois de ter passado a manhã em reuniões na região do Tâmega e Sousa.

Desde o início do mês a pandemia já causou 285 mortes.

Marta Temido, que esteve acompanhada nas reuniões pelo secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, que é também responsável pela coordenação regional Norte da resposta à pandemia, bem como por responsáveis da ARS-N, também admitiu preocupações com a realização dos inquéritos epidemiológicos.

"Um dos aspetos que mais nos preocupa, quando o número de casos começa a subir, é a realização dos inquéritos epidemiológicos e a nossa capacidade de lhes dar resposta. Estivemos a analisar com a Unidade de Saúde Pública o atraso na realização dos inquéritos epidemiológicos e as formas que vamos ter de utilizar no terreno para responder a esses atrasos", disse Marta Temido.

A governante avançou que "neste momento a Unidade de Saúde Pública está a conseguir realizar cerca de 300 inquéritos por dia, mas há um conjunto de inquéritos epidemiológicos já com mais dias que estão acumulados e estivemos a avaliar como podemos fazer esse trabalho de recuperação nos próximos 15 dias a três semanas", referiu.

Numa conferência de imprensa muito centrada na situação do Hospital de Penafiel, pertencente ao Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa (CHTS), o qual chegou a registar 10% dos internamentos nacionais de covid-19, a ministra da Saúde também aproveitou para passar mensagens relacionadas com as medidas de precaução e com a responsabilização individual de cada um.

"Não podemos baixar a guarda (...). Se houver 10 milhões de infetados não há capacidade de resposta", frisou.

Portugal voltou hoje a atingir um novo máximo de casos diários de covid-19 ao contabilizar mais 5.550 infeções nas últimas 24 horas e registou 52 óbitos, segundo a Direção-Geral da Saúde.

O maior número de casos diários tinha sido alcançado a 30 de outubro, quando foram contabilizadas 4.656 novas infeções em 24 horas.

No entanto, a 04 de novembro foram registados 7.497 novos casos de infeção ao ser incluído na contagem o somatório de 3.570 casos, decorrentes do atraso no reporte laboratorial, principalmente de um laboratório na região Norte, desde o dia 30 de outubro.

Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.793 mortes e 166.900 casos de infeção, estando hoje ativos 70.354 casos, mais 3.197 do que na quinta-feira.

A DGS indica que das 52 mortes registadas nas últimas 24 horas, 25 ocorreram na região Norte, 13 em Lisboa e Vale do Tejo, oito na região Centro e seis no Alentejo.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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