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Marcelo pede saída da pandemia “sem alarme” mas também “sem facilitismos”

"Os portugueses esperam uma saída da pandemia de mais de um ano e meio, uma saída equilibrada, sem facilitismo nem alarmismo: sem facilitar o que não deve ser facilitado, mas sem alarme que signifique não ter a capacidade de conjugar vida e saúde, de um lado, e economia e sociedade, do outro", apontou Marcelo Rebelo de Sousa.

Estela Silva/Lusa
31 de Maio de 2021 às 13:20
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O Presidente da República sustentou hoje que os portugueses esperam uma "saída equilibrada" da pandemia que permita conjugar a "vida e a saúde" com a "economia e a sociedade", e que seja feita "sem alarme" mas também sem facilitismo.

"Os portugueses esperam uma saída da pandemia de mais de um ano e meio, uma saída equilibrada, sem facilitismo nem alarmismo: sem facilitar o que não deve ser facilitado, mas sem alarme que signifique não ter a capacidade de conjugar vida e saúde, de um lado, e economia e sociedade, do outro", apontou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República falava em conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo esloveno, Borut Pahor, após um encontro entre ambos no Palácio Presidencial de Liubliana.

Afirmando que a Europa se encontra "num momento de transição" e de "viragem", Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que é "importante a vida e a saúde", mas também é importante "a economia e a sociedade".

"Os portugueses e os europeus esperam um arranque das economias e maior justiça e equilíbrio social: o arranque das economias, o arranque do turismo que esteve parado mais de um ano, de muito comércio, de muitos serviços, de relações económicas entre povos, mas também o arranque na sua vida pessoal, na vida de todos os dias", frisou.

O chefe de Estado considerou assim que "cada cidadão pensa na sua vida pessoal, na sua vida familiar que ficou adiada, congelada, sacrificada" durante "mais de um ano", mas sublinhou que "nenhuma outra crise foi igual a esta", e que a "saída da crise é também uma saída difícil".

"Pode parecer fácil, mas não se para uma economia, não se para a vida de uma pessoa ou de uma família, num momento, e se recomeça como se não tivesse havido um ano e meio pelo meio. Não há isso: não há isso nas empresas, nas economias, nas escolas, não há isso na vida das pessoas e das famílias", sublinhou.

Marcelo considerou que é por isso que é tão importante preocupar-se "com o futuro da Europa, que é o futuro dos europeus".

"A Europa é uma ideia, mas é uma ideia que tem não só uma alma, mas tem corpos, tem milhões de europeus: (…) uma melhor Europa é uma melhor vida para milhões e milhões de europeus", apontou.

Nesse sentido, o Presidente da República salientou a necessidade de aprovar "logo que possível" os planos nacionais de recuperação e resiliência, de "libertar" os fundos europeus, e de permitir "o arranque mais rápido da economia" e o "reequilíbrio da vida da sociedade".

"Durante um ano e meio, o sonho de muitos europeus foi de manterem-se vivo, terem os seus familiares vivos, e não sofrerem na saúde, e não sofrerem muito na sua economia. Agora, é preciso sonhar muito mais do que isso, e esse sonho tem que ser acompanhado de realidade", afirmou.

Reconhecendo assim que, devido à pandemia, a presidência portuguesa do Conselho da UE "foi difícil e está a ser difícil", Marcelo Rebelo de Sousa asseverou que, ainda assim, "deu passos importantes para criar condições económicas, financeiras e sociais para o futuro".

"A presidência eslovena é [agora] essencial. Tem de ser, vai ser, uma presidência cheia de sucesso", referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa encontra-se atualmente numa deslocação oficial à Eslovénia, tratando-se do primeiro Presidente da República a visitar o país desde Jorge Sampaio, em abril de 1999.

Esta tarde, o Presidente da República irá visitar o Castelo de Bled, a cerca de 55 quilómetros da capital eslovena.

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