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Marcelo e partidos pressionam, mas plano de desconfinamento só chega daqui a 15 dias
Só depois da próxima reunião do Infarmed, na segunda semana de março, é que o Governo deverá apresentar o plano para um desconfinamento gradual.
"É prematuro discutir publicamente o tema. Primeiro porque não devemos criar falsas expectativas. Mas sobretudo porque pode dar um sinal errado de que o pior passou e o risco diminuiu", refere um elemento do Executivo ao jornal online.
Na semana passada, a ministra de Estado e da Presidência alertou que o número "muitíssimo elevado" de internamentos em cuidados intensivos devido à covid-19 não permite criar qualquer expectativa de um desconfinamento para breve. Mariana Vieira da Silva disse depois que o desconfinamento começará pelas escolas.
Esta é a posição do Executivo apesar de Marcelo Rebelo de Sousa ter demonstrado, nos encontros com os partidos na terça-feira, antes de decretar o novo estado de emergência, estar desconfortável com a ausência de um plano concreto para se preparar o desconfinamento após a Páscoa, de acordo com o Observador.
Também os partidos exigem um "calendário transparente" que permita os empresários e famílias começar a fazer planos. E há quem tenha sugerido reabrir alguns setores.
Para o CDS faltam "indicadores objetivos" que indiquem o fim da pandemia, enquanto a Iniciativa Liberal acredita que "sejam as linhas vermelhas quais forem, elas devem ser consensualizadas e conhecidas atempadamente para as pessoas perceberem que há uma determinada altura em que o desconfinamento pode começar".
Alcançadas essas metas, o CDS exige um "calendário transparente e previsível" para "um desconfinamento gradual" e quer avançar com a abertura de cabeleireiros. O Chega considera que o país "tem condições para começar a reabrir pouco a pouco" e pondera "a reabertura das lojas de menor dimensão, alguns restaurantes fora de centros comerciais e algumas empresas de serviços". Os restantes partidos preferem esperar.