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Marcelo diz que plano de desconfinamento é "positivo", "equilibrado" e "prudente" e continua a "convergência com o governo"

O Presidente da República afastou hoje o cenário de divergência com o Governo no plano de desconfinamento, assinalando que este é equilibrado por prever uma abertura com "prudência e precaução".

DR
12 de Março de 2021 às 12:13
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O facto de, desta vez, o Presidente da República não ter falado ao país depois de anunciadas as medidas do novo estado de emergência gerou a especulação de que Marcelo Rebelo de Sousa estava contra as medidas, por defender uma abertura mais gradual da economia.

Nas declarações que efetuou esta manhã em Roma, em entrevista à RTP3, o Presidente da República afastou esta ideia, ao elogiar o plano de desconfinamento e ao garantir que este mostra o equilíbrio entre várias perspetivas: dos partidos, governo, especialistas e Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa destacou a importância de o confinamento continuar até à Pascoa, e depois a abertura ser "prudente" e acompanhada de forma "permanente".

Assinalou ainda a prioridade dada às escolas e que o plano de abertura do ensino é "cuidadoso", por ser feito por fases.

De uma forma geral, o plano de reabertura da economia é "positivo" por "conciliar a ideia de desconfinamento com prudência e precaução" e também "prudente" por fazer o "equilíbrio muito razoável entre partidos, especialistas, governo e Presidente da República".

Questionado sobre uma alegada divergência com o Governo neste plano de desconfinamento, Marcelo assinalou na entrevista à RTP que o combate à pandemia "é uma luta de todos" e que tal como disse no discurso de tomada de posse para o segundo mandato, "continua a convergência com o governo na gestão da pandemia".

O Presidente da República explicou que não falou ao país após a conferência de imprensa de Costa pois partiu para Roma antes desta acontecer e que foi acertado com o primeiro-ministro.

"O primeiro-ministro falou mais tarde do que a partida do Presidente e, portanto, fazia sentido ser o primeiro-ministro a apresentar o plano em concreto aos portugueses e era impossível ao Presidente estar a intervir depois disso", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Falando aos jornalistas portugueses em Roma, depois de ter recebido esta manhã pelo papa Francisco na Cidade do Vaticano, o chefe de Estado recordou que recebeu António Costa "anteontem [quarta-feira] à noite para ver o que iria ser o fundamental do plano a apresentar pelo Governo".

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, "foi nesse encontro que se programou que o Presidente não falasse porque iria partir para Roma antes de o Conselho de Ministros terminar".

"E depois, já em Roma, tive conhecimento do plano em pormenor", acrescentou.

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