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Marcelo afasta descontrolo da pandemia em Lisboa e Vale do Tejo

Depois de novo encontro com os especialistas em saúde pública, o Presidente da República justificou o crescimento do número de infetados pela covid-19 com o aumento da testagem, garantiu não haver qualquer descontrolo da pandemia, quer a nível nacional quer na região de Lisboa e Vale do Tejo, e notou que o SNS não enfrentou ainda nenhuma situação de stress.

24 de Junho de 2020 às 14:24
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Não há qualquer descontrolo da pandemia em Portugal, nem na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), assegurou Marcelo Rebelo de Sousa no final da reunião entre especialistas em saúde pública e os representantes dos órgãos de soberania nacionais que decorreu ao longo desta manhã, na sede do Infarmed. O Presidente da República aproveitou ainda para defender que a via adotada na gestão da situação em LVT, assente em medidas específicas, é a adequada. 

Marcelo notou que nesta reunião foi possível fazer uma reflexão sobre as três fases de desconfinamento cumpridas assim como comparar este processo com o que decorreu noutros países europeus. Nesta ponderação foi possível perceber que a taxa de transmissão do vírus (o chamado R) está acima de 1 ou muito perto deste valor em "praticamente todos eles". Ou seja, o desconfinamento foi mormente acompanhado de aumentos do indicador de propagação do novo coronavírus.

Após várias semanas em que a região em torno da capital contabilizou em torno de 90% dos novos casos confirmados, Marcelo apontou, com curiosidade, que o R em Lisboa está "ligeiramente abaixo das outras regiões".

De seguida o Presidente realçou que Portugal "está no grupo daqueles cinco países que mais testes realizaram", ideia lançada para ajudar a justificar o crescendo de casos positivos da covid-19 em território nacional. 

Uma "terceira refleção" efetuada durante a manhã consistiu na análise dos cenários previstos para a pandemia em Portugal. "A realidade atual mostra que não se verificou uma subida em termos de mortes, tendência relativamente estável decrescente, e relativamente aos internados em cuidados intensivos existe, na última semana, uma ligeira subida numa tendência que é de estabilização na descida, longe dos cenários de pré-rutura", explicou o residente em Belém dando como exemplo dos cenários mais gravosos que chegaram a ser previstos uma "duplicação dos infetados por efeito dos desconfinamentos".   

Em resumo, Marcelo precisou que no que concerne aos óbitos e à pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), seja em termos de hospitalizados seja em termos de cuidados intensivos, os piores cenários avançados continuam a ser um horizonte distante, o que significa, sustenta o Presidente, que a situação da pandemia não está descontrolada no país nem em LVT. 

Marcelo valida opção do Governo em Lisboa
O Presidente deu ainda respaldo às medidas específicas que o Governo decidiu para 19 freguesias em Lisboa, onde o estado de calamidade pública permanece em vigor. Marcelo Rebelo de Sousa referiu que os especialistas consideram ser "preferível haver medidas concretas e específicas para áreas geográficas também específicas".

Este caminho em direção a medidas específicas "implica trabalho no terreno" disse Marcelo, o que implica a necessidade de realização de inquéritos sanitários, o conhecimento da realidade e uma atuação célere com "medida smuito focadas".

O Presidente fez ainda questão de apelar à "responsabilidade de cada português" na contenção do vírus: "A responsabilidade de cada um de nós é a responsabilidade de ir vivendo este período de transição, controlando a pandemia ao mesmo tempo que abrindo a economia e a sociedade e fazendo-o no respeito pelas normas sanitárias".

Marcelo lembrou aos jornalistas que as autoridades portuguesas optaram pelo caminho certo na comunicação sobre o coronavírus, a "metodologia da verdade". "Não escondemos números, não guardamos números por conveniência de ter cá a 'Champions' em disputa com outros países", afirmou sublinhando que estão a ser feitos os testes necessários e pretendidos tanto pelas autoridades de saúde  como pelas próprias pessoas que recorrem ao privado para o efeito.

(Notícia atualizada)
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