Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Marçal Grilo: Manter escolas abertas é "medida arriscada"

Portugal entra na sexta-feira num novo confinamento generalizado, devido ao agravamento da situação epidemiológica, mas, ao contrário do primeiro, que decorreu em março e em abril de 2020, as escolas não encerram, mantendo-se as aulas presenciais, com o Governo a admitir que o ensino à distância prejudica a aprendizagem dos alunos, em particular dos mais carenciados.

Miguel Baltazar
14 de Janeiro de 2021 às 19:39
  • ...
O ex-ministro da Educação Eduardo Marçal Grilo considerou hoje uma "medida arriscada" manter as escolas abertas na atual fase da pandemia da covid-19 e defendeu que os professores devem ser priorizados na vacinação.

Portugal entra na sexta-feira num novo confinamento generalizado, devido ao agravamento da situação epidemiológica, mas, ao contrário do primeiro, que decorreu em março e em abril de 2020, as escolas não encerram, mantendo-se as aulas presenciais, com o Governo a admitir que o ensino à distância prejudica a aprendizagem dos alunos, em particular dos mais carenciados.

Para Marçal Grilo, que foi o orador convidado de uma videoconferência promovida pela Federação Nacional da Educação, "a medida de deixar as escolas abertas é arriscada", atendendo ao estado da pandemia, que considerou "um pouco descontrolada", pelo que deverá ser feito "um acompanhamento, uma avaliação" da medida e "correção se for caso disso".

Secundando os sindicatos, o antigo ministro da Educação advogou que os professores deviam ser priorizados na vacinação contra a covid-19, uma vez que, em seu entender, são profissionais de "serviços essenciais".

Eduardo Marçal Grilo participou hoje na primeira videoconferência do ciclo "Que caminhos para a escola na pós-pandemia?", que a Federação Nacional da Educação promove até abril.

A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.979.596 mortos resultantes de mais de 92,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal, morreram 8.384 pessoas dos 517.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O país registou hoje um novo máximo diário de infeções, 10.698, e mais 148 mortes. Na quarta-feira, o número de mortos diário comunicado, 156, foi o mais elevado desde o início da pandemia.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Ver comentários
Saber mais Eduardo Marçal Grilo Federação Nacional da Educação Portugal
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio