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Como evoluiu a situação nas regiões portuguesas nos cinco meses de pandemia?

Ao quinto mês da pandemia da covid-19 em Portugal, Lisboa e Vale do Tejo acentuou a concentração de mortes e aliviou ligeiramente o peso no número de novos casos de infeção. Julho registou menos casos do que o mês anterior e mais três óbitos.

01 de Agosto de 2020 às 17:52
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No mês de julho, marcado pela decisão de manter em estado de calamidade 19 freguesias de cinco concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML), registaram-se 8.787 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, uma descida de mais de um milhar de ocorrências face a junho, e 158 óbitos, mais três do que no mês precedente.

Os dados divulgados pela Direção-Geral de Saúde (DGS) mostram um decréscimo de 1.036 novos casos no país em relação a junho, mês em que foram contabilizadas 9.823 novas infeções. No entanto, a evolução no número de novos casos não foi uniforme no país.

Assim, Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que alberga cerca de um terço da população de Portugal, observou uma redução no número de novos casos (8.117 em junho e 6.779 em julho), sendo responsável por 77,1% dos casos registados no mês (82,6% em junho). 

Também na região Centro e no Algarve o número de novos casos diminuiram - no Centro passaram de 374 em junho para 328 em julho e no Algarve baixaram de 260 para 247 - embora o peso da região mais a Sul do país no total de novos casos tenha aumentado de 2,6% para 2,8%.

Já no Norte foram registados 1.157 novos casos, o que corresponde a 13,7% do total nacional em julho. No mês anterior esta região contabilizou 825 novas infeções (8,4% do total de junho). Também o Alentejo viu o número de casos subir - muito por força do surto em Reguengos de Monsaraz - de 232 para 245 novos casos.

Apenas 28 mortes em julho fora de Lisboa e Vale do Tejo

No que concerne aos óbitos registados em julho devido à pandemia, Lisboa e Vale do Tejo somou 130 vítimas mortais, mais 18 do que em junho, o que corresponde a 82,3% das 158 mortes observadas em todo o país neste mês.

O Alentejo, com 15 vítimas mortais, foi a segunda região mais atingida em julho e viu o número de mortes desde o início da pandemia passar de sete para 22, superando o Norte, onde foram registados nove óbitos (28 em junho).

No Centro, as quatro vítimas mortais representam uma descida face aos nove óbitos de junho.

Algarve, Açores e Madeira não contabilizaram qualquer morte por covid-19 em julho, tal como já havia sucedido no mês anterior. Aliás, a Madeira é a única região do país onde não há nenhuma vítima mortal a lamentar desde o início da pandemia.

Novos casos aumentam entre crianças e idosos dos 70 aos 79 anos
A redução do número de novos casos registada em julho foi transversal a praticamente todos os escalões etários.

No entanto, as crianças até nove anos viram o número de novos infetados aumentar dos 556 em junho para 592 em julho. Também no escalão etário dos 70 aos 79 anos houve uma subida no número de novos casos (de 448 para 503).

Há ainda 76 casos desde o início da pandemia, dos quais 42 contabilizados em julho, cuja idade é classificada como desconhecida pela DGS.

Pelo terceiro mês consecutivo, é entre a população com 20 a 29 anos de idade que se regista maior número de novos casos (1.621), embora se assista a uma ligeira redução no peso relativo (19,2% em junho e 18,4% em julho).

Seguem-se os escalões etários dos 30 aos 39 anos (1.571) e dos 40 aos 49 (1.445).

Quase 90% dos óbitos foram de pessoas com mais de 70 anos
A letalidade da doença continua a ser bastante mais acentuada entre a população mais velha. Em julho 139 das 158 vítimas mortais tinham 70 ou mais anos, o que representa 88% das mortes por covid-19 no mês.

Tal como sucede desde o início da pandemia, a maioria das vítimas mortais tinham mais de 80 anos. Em julho foram 106 pessoas desse escalão etário a falecer. Desde o início da pandemia, morreram 1.165 idosos com mais de 80 anos, o que corresponde a 67,1% das 1.737 vítimas mortais em Portugal. Neste escalão etário, aliás, a taxa de letalidade (mortes face a número de casos) é de 19,9%, muito superior ao valor para o conjunto da população, que se cifra em 3,39%.

Em julho registaram-se ainda dez mortes de doentes com 60 a 69 anos, cinco mortes de pessoas entre os 50 e 59 anos, duas no escalão dos 40 aos 49 anos e duas com idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos.

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