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Investigadores do Técnico produzem viseiras através de impressão 3D
Uma equipa do Instituto Superior Técnico está a desenvolver e a produzir viseiras, através de impressão 3D, para proteger os profissionais de saúde. Hoje, os investigadores já entregaram uma primeira remessa de 15 unidades.
"Uma equipa de investigadores do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, liderada por Paulo Peças e Marco Leite, do Departamento de Engenharia Mecânica, desenvolveu e está a produzir, por impressão 3D, viseiras para proteção de infeção por coronavírus. Estas viseiras já foram testadas e validadas por profissionais de saúde", indica a Universidade de Lisboa em comunicado.
"Hoje já entregámos uma primeira remessa de 15 (viseiras) e amanhã vamos entregar mais", diz ao Negócios o investigador Paulo Peças.
Em comunicado, os investigadores convidam todas as instituições que tenham impressoras 3D a juntar-se à iniciativa e a entregar as viseiras para distribuição, estando o código para produção da armação disponível no website. As viseiras produzidas e montadas serão entregues a hospitais, salienta a instituição.
"Perante o estado de pandemia em que nos encontramos, e havendo falta de material de proteção, em especial para profissionais de saúde que estão em constante contacto com doentes infetados, quisemos de imediato pôr os nossos conhecimentos e capacidades técnicas ao serviço da sociedade", refere, no mesmo comunicado, Paulo Peças, investigador responsável pelo projeto.
"Esperamos, com a produção destas viseiras, contribuir de alguma forma para a mitigação do contágio, em especial de médicos, enfermeiros e outros profissionais, cuja integridade física é fundamental para conseguirmos fazer frente a esta situação", sublinha.
A primeira remessa foi entregue esta terça-feira ao Hospital Amadora Sintra e a segunda remessa, entre 40 a 60 unidades, deverá ser entregue amanhã ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, refere o investigador ao Negócios.
Questionado sobre a capacidade de produção diária, Paulo Peças responde que, só na sua unidade de investigação, é possível produzir seis unidades por hora. Além disso, sublinha, os vários departamentos do Técnico estão envolvidos na iniciativa e também já se encontram a produzir viseiras nas suas respetivas unidades.
Os investigadores do Técnico estão a utilizar os recursos da instituição, mas necessitam de mais material para a produção das viseiras. "Hoje fizemos uma encomenda de resmas de acetatos", conta o investigador, que apela à solidariedade de eventuais fornecedores.
Paulo Peças salienta que o material de proteção é oferecido aos hospitais.
A instituição faculta os contactos dos investigadores:
Paulo Peças ppecas@tecnico.ulisboa.pt e Marco Leite marco.leite@tecnico.ulisboa.pt.