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Investigadores do Técnico produzem viseiras através de impressão 3D

Uma equipa do Instituto Superior Técnico está a desenvolver e a produzir viseiras, através de impressão 3D, para proteger os profissionais de saúde. Hoje, os investigadores já entregaram uma primeira remessa de 15 unidades.

24 de Março de 2020 às 17:40
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"Uma equipa de investigadores do Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, liderada por Paulo Peças e Marco Leite, do Departamento de Engenharia Mecânica, desenvolveu e está a produzir, por impressão 3D, viseiras para proteção de infeção por coronavírus. Estas viseiras já foram testadas e validadas por profissionais de saúde", indica a Universidade de Lisboa em comunicado.

 

"Hoje já entregámos uma primeira remessa de 15 (viseiras) e amanhã vamos entregar mais", diz ao Negócios o investigador Paulo Peças. 

 

Em comunicado, os investigadores convidam todas as instituições que tenham impressoras 3D a juntar-se à iniciativa e a entregar as viseiras para distribuição, estando o código para produção da armação disponível no website. As viseiras produzidas e montadas serão entregues a hospitais, salienta a instituição.

 

"Perante o estado de pandemia em que nos encontramos, e havendo falta de material de proteção, em especial para profissionais de saúde que estão em constante contacto com doentes infetados, quisemos de imediato pôr os nossos conhecimentos e capacidades técnicas ao serviço da sociedade", refere, no mesmo comunicado, Paulo Peças, investigador responsável pelo projeto.

"Esperamos, com a produção destas viseiras, contribuir de alguma forma para a mitigação do contágio, em especial de médicos, enfermeiros e outros profissionais, cuja integridade física é fundamental para conseguirmos fazer frente a esta situação", sublinha.

A primeira remessa foi entregue esta terça-feira ao Hospital Amadora Sintra e a segunda remessa, entre 40 a 60 unidades, deverá ser entregue amanhã ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, refere o investigador ao Negócios.

 

Questionado sobre a capacidade de produção diária, Paulo Peças responde que, só na sua unidade de investigação, é possível produzir seis unidades por hora. Além disso, sublinha, os vários departamentos do Técnico estão envolvidos na iniciativa e também já se encontram a produzir viseiras nas suas respetivas unidades.

 

Os investigadores do Técnico estão a utilizar os recursos da instituição, mas necessitam de mais material para a produção das viseiras. "Hoje fizemos uma encomenda de resmas de acetatos", conta o investigador, que apela à solidariedade de eventuais fornecedores.

 

Paulo Peças salienta que o material de proteção é oferecido aos hospitais.

 

A instituição faculta os contactos dos investigadores:
Paulo Peças   ppecas@tecnico.ulisboa.pt  e Marco Leite  marco.leite@tecnico.ulisboa.pt.

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