Notícia
Hospital da Cruz Vermelha admite irregularidades na seleção de profissionais para vacinar
O Hospital da Cruz Vermelha admitiu hoje irregularidades na seleção dos profissionais a vacinar contra a covid-19, levando à demissão do coordenador deste plano em Portugal, Francisco Ramos, que é também presidente da comissão executiva do hospital.
03 de Fevereiro de 2021 às 20:22
"Nos procedimentos de seleção dos profissionais a vacinar, foram detetadas eventuais irregularidades", refere um comunicado do Hospital da Cruz Vermelha enviado à agência Lusa.
Segundo o documento, "este facto foi reportado à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, estando já a decorrer uma inspeção a cargo daquela entidade nos termos dos procedimentos de inspeção à execução das normas previstas no Plano de Vacinação contra o SARS-CoV-2".
O Hospital da Cruz Vermelha reafirma no comunicado "a sua disponibilidade para estar ao serviço do doente na prestação dos melhores cuidados de saúde".
O coordenador da 'task force' para o Plano de Vacinação contra a covid-19 em Portugal, Francisco Ramos, demitiu-se do cargo, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o Ministério esclareceu que a demissão de Francisco Ramos decorre de "irregularidades detetadas pelo próprio no processo de seleção de profissionais de saúde no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, do qual é presidente da comissão executiva".
Numa declaração enviada às redações, Francisco Ramos acrescentou que as irregularidades diziam respeito ao processo de seleção para vacinação de profissionais de saúde daquele hospital.
A demissão ocorre numa altura em que são públicas diversas situações de vacinação indevida de várias pessoas em várias regiões do país e no dia em que arrancou a vacinação em centros de saúde de idosos com 80 ou mais anos e de pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, numa fase que abrange cerca de 900 mil portugueses.