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Governo vai reforçar fiscalização e avançar com testagem massiva nos concelhos de risco

Os concelhos de risco vão ter um reforço da fiscalização nos próximos 15 dias, assim como mecanismos de testagem massiva da população.

Lusa
Negócios 06 de Abril de 2021 às 13:41
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António Costa anunciou que, nos próximos 15 dias, vai ser reforçada a fiscalização por parte das autoridades nos concelhos de risco, onde se avançará também com uma testagem massiva da população.

As medidas foram anunciadas pelo primeiro-ministro após uma reunião com os autarcas dos concelhos com mais casos de Covid-19 para determinar mecanismos para controlar a situação pandémica. 

António Costa disse que esta segunda-feira havia no país 20 concelhos com mais de 120 casos por 100 mil habitantes em 14 dias. 

António Costa anunciou que vão ser criados mecanismos para testagem massivas nesses concelhos. 

Nos próximos 15 dias vai haver nestes concelhos, um reforço da fiscalização por parte das autoridades tendo em vista o controlo dos contágios, explica António Costa.

Escolas geram preocupação
Confrontado com dados que indiciam um aumento dos contágios entre crianças, sobretudo desde que reabriram as escolas em 15 de março, o líder do executivo reconheceu estar apreensivo.

"Temos vindo a acompanhar muito de perto a situação. Como se recordam, houve uma testagem de todo o pessoal docente e não docente antes da abertura das creches, do pré-escolar e do 1º ciclo do básico. E, para um reforço do grau de proteção, está em curso uma vacinação massiva de todo o pessoal" docente e não docente de estabelecimentos de ensino, apontou.

No entanto, de acordo com o primeiro-ministro, há agora um dado novo. "Ao contrário do que aconteceu no primeiro período [deste ano letivo], é que, agora, em resultado desta nova variante [britânica], que tem maior transmissibilidade, em regra, quando é comunicado um caso e quando se faz a testagem generalizada, verificam-se logo outros casos", revelou António Costa.

Nesse sentido, segundo o primeiro-ministro, após a identificação de um caso com uma criança numa escola, "estão também a ser testadas as respetivas famílias". "Temos de alargar o universo de vigilância porque, de facto, esta variante, como já tínhamos percebido no final de dezembro, faz aumentar muito significativamente os riscos de transmissão", acrescentou.


"Berbicacho" com a vacina da AstraZeneca

O primeiro-ministro admitiu hoje que, se for confirmado pela EMA a existência de um um "berbicacho" com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, haverá inevitáveis consequências na morosidade dos planos de vacinação da União Europeia.

Confrontado com o facto de o responsável pela estratégia de vacinação na Agência Europeia do Medicamento (EMA), Marco Cavaleri, ter assumido a existência de uma "ligação" entre a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca e os casos de tromboembolismos após a sua administração, António Costa disse que é preciso aguardar pela posição oficial da EMA sobre essa mesma matéria.

"No quadro da União Europeia, consideramos que é fundamental que haja uma posição uniforme relativamente às recomendações e indicações fixadas pela EMA no que respeita a cada uma das vacinas. Se houver um berbicacho, então isso terá inevitáveis consequências no processo de vacinação", apontou o primeiro-ministro.

Neste ponto, António Costa referiu que o processo de vacinação na Europa tem estado "fortemente condicionado pela capacidade de produção a montante", designadamente "pelo incumprimento por parte da AstraZeneca das suas obrigações contratuais". "Se houver restrições acrescidas, isso traduzir-se-á inevitavelmente numa maior morosidade na forma de desenvolvimento do plano de vacinação", reforçou o primeiro-ministro.

António Costa observou depois que, neste momento, na União Europeia, não há vacinas alternativas para substituir imediatamente as da AstraZeneca. "E as indicações médicas e farmacológicas, obviamente, têm de ser seguidas e respeitadas", acrescentou.

(Notícia em atualização)

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