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Governo quer aproximar Portugal da média de 11,5 camas de cuidados intensivos por 100 mil habitantes
Taxa de contágio ainda está acima de um.
A taxa de contágio calculada ao longo da epidemia (designada por Rt), de 1 a 5 de maio, fixou-se em 1,04, anunciou este sábado a ministra da Saúde, Marta Temido.
Na conferência de imprensa habitual para fazer o ponto de situação da covid-19, a ministra da saúde realçou que "o valor de 1,04 para o país mostra que o número de novos casos em cada geração é relativamente constante", o que ainda indica que os portugueses devem continuar a "ter os cuidados necessários".
Salientou ainda que "a curva de mortalidade diminui de forma consistente desde 15 abril".
O número de pessoas em cuidados intensivos, segundo o boletim de hoje, está nas 120. Marta Temido garantiu que "no início desta semana conseguimos ao longo deste período e mercê do esforço de vários hospitais alargar as camas de cuidados intensivos", garantindo que a totalidade da capacidade não chegou a ser utilizada na resposta à covid-19.
Mas "estamos a utilizar este momento para melhorar num eventual recrudescimento do surto e acomodar à retoma da atividade do SNS, para aproximar Portugal da média europeia de 11,5 camas de UCI por 100 mil habitantes".
Marta Temido garante que é o caminho que está a ser realizado. "Neste momento destas camas polivalentes de adultos nível 3 a taxa de ocupação é de 50%", pelo que, face aos 120 internados nos cuidados intensivos por covid-19, "estamos a sentir já uma retoma da atividade não covid-19".
O SNS tem 713 camas de unidades de adultos nos cuidados intensivos, neste momento, mais do que as 528 de há dois meses.